quinta-feira, 24 de dezembro de 2009

Piada do Mês


Esta época de final de ano, com a maioria dos campeonatos de futebol encerrados ou sendo paralisados para as festas de fim de ano, produz algumas pérolas, já que, na falta de notícias, alguns jornalistas começam a divulgar qualquer tipo de boato, com ou sem fundamento.
Hoje, saiu no Lancenet a peróla do mês: o Botafogo teria um plano em andamento para contratar Ronaldinho Gaúcho!!!
Segundo a notícia, o negócio foi inviabilizado pelo veto de Silvio Berlusconi, “para evitar perda de prestígio” (sic).
A dúvida é se Ronaldinho iria fazer dupla de ataque com o André Lima ou com o Vitor Simões...

sábado, 19 de dezembro de 2009

O Melhor do Mundo, Finalmente


O Barcelona finalmente conseguiu o título que lhe faltava, o de campeão mundial, em uma decisão emocionante, que parecia perdida. Um gol aos 44 minutos do segundo tempo e a virada na prorrogação consagraram Messi, o melhor jogador do mundo em 2009, e Guardiola, o treinador de melhores resultados como iniciante da história do futebol europeu.
Foi um jogo dramático, apesar de alguns momentos de baixa qualidade. De cara, defini a minha torcida para os argentinos, primeiro pelo rateio que pagavam no Sporting Bet, um convidativo 8,50 que me fez arriscar alguns trocados, mesmo sabendo da missão difícil que teriam. Depois, pela cena da entrada em campo, com um time de branco ao lado Barcelona, revivendo grandes memórias de 2006. O primeiro tempo parecia a repetição de um filme, com o Barça tendo a posse da bola, mas o Estudiantes chegando ao gol em um cruzamento da esquerda, não interceptado pelo Pujol, e brilhantemente cabeceado pelo centroavante Bosseli para fazer 1x0 para os argentinos. O Barcelona errava passes, começava a ficar nervoso com o juiz (que erradamente deixara de marcar um pênalti claro sobre Xavi), e parecia começar a reviver um pesadelo em vermelho e branco. Ao comentar o jogo com amigos, no intervalo, observei que o preparo físico seria crucial para a vitória argentina, pois o Estudiantes precisaria conseguir manter a intensa marcação da primeira etapa. O Sporting Bet, naquele momento, continuava apostando no Barça, indicando-lhe um favoritismo de 2,50 para vencer ainda no tempo normal, e de 1,60 para ficar com o título.
Na volta do intervalo, Guardiola começou a fazer diferença, ao substituir o meiocampista Keita pelo atacante Pedro, o talismã catalão. O Barcelona passou a ter, na prática, quatro atacantes em intensa movimentação, confundindo a marcação argentina e criando as chances de gol que não haviam aparecido até então. Foram vinte minutos de muita pressão, até que o nervosismo pelo gol que não saía começasse a pesar. A partir da segunda metade do segundo tempo, o Estudiantes, mesmo cansando visivelmente (principalmente Veron), parecia que ia resistir, pois o Barça começava a tentar simplificar, lançando bolas na área. Após os 35 do segundo tempo, o zagueiro Pique virou centroavante, em clara demonstração do desespero dos europeus. Acabaria sendo ele que, aos 44 do segundo, ganharia de Cellay (até então um monstro na zaga) na cabeça, escorando para Pedro, sozinho, também cabecear e encobrir o nanico goleiro Albil, empatando o jogo e levando a decisão para a prorrogação. Duríssimo golpe para o Estudiantes: o técnico Sabella continha o choro, a torcida, até então espetacular, parava de cantar, os jogadores baixavam a cabeça.
Na prorrogação, o ataque x defesa continuou, até que Messi escorou com o peito o cruzamento de Daniel Alves para definir o jogo e sair vibrando muito. Um prêmio ao argentino que nunca jogou por lá, que foi chamado de “craque do Playstation” após insucessos dos hermanos nas eliminatórias. Um prêmio também à ousada mudança de Guardiola no intervalo, indo para o tudo ou nada, e ficando com tudo. Se eu achava que ele não comemorava por soberba, tive que engolir o que falei, pois o treinador caiu em choro copioso na hora da cerimônia de premiação. Faltou ao Estudiantes segurar um pouco mais a bola, arriscar um pouco mais no contrataque, manter um pouco mais o “gás” (correr 90 minutos nos Emirados Árabes não é tão fácil quanto correr os mesmos 90 no frio do Japão). Faltou até um pouco de sorte, já que no último lance do jogo, Desabato cabeceou a milímetros do poste esquerdo de Victor Valdez, não conseguindo o empate heróico. Mereceu o Barcelona, pela qualidade, pela busca incessante da vitória, e por querer, mais do que nenhum europeu, o título que lhe faltava.
Fiquei sem o dinheiro, mas com toda a história para contar...

quinta-feira, 17 de dezembro de 2009

Terceira Chance


No sábado, o Barcelona terá sua terceira chance de chegar ao título mundial, e, pela primeira vez, não vai pegar um brasileiro na decisão. Na terça, o Estudiantes venceu o Pohang Steelers, da Coréia do Sul, em jogo que não assisti, e de forma tranqüila, segundo os comentários. Desde que a Fifa implantou o novo formato, foi a classificação mais fácil de um sulamericano, apesar do placar magro de 2x1, já que logo após marcar o segundo gol, no início do segundo tempo, os argentinos ficaram com um jogador a mais, e acabariam a partida com três a mais. Nos melhores momentos, o meu destaque fica para o gol do Pohang, validado de forma incrível pelo bandeirinha, apesar de pelo menos três jogadores estarem visivelmente adiantados (http://www.youtube.com/watch?v=xFeqINtr-xs).
Ontem, assisti a vitória tranqüila do Barcelona sobre o Atlante, apesar dos mexicanos terem saído na frente. No final, o jogo lembrou muito a semifinal do Barça com o América, em 2006: toques de calcanhar, dribles, clima de show. Os mexicanos não aprenderam, ainda, que existe muita diferença entre um time jogar fechado e jogar recuado. O Atlante esperava o Barcelona aquém da linha divisória, mas dava muitos espaços. O lance do segundo gol é emblemático, reparem o tempo que o Ibrahimovic tem para dominar, girar e achar Messi entrando livre na área (http://www.youtube.com/watch?v=HQQhrWxB6b4).
No sábado, obviamente, a final será um jogo diferente, o Barça não terá moleza contra o bem organizado time do Estudiantes. Eu geralmente torço pelos sulamericanos, ainda mais depois de ver a soberba dos europeus escancarada em imagens como a do técnico Guardiola, que quase não comemorou os gols do seu time. No sábado, dependendo do andamento da partida, vou abrir uma exceção e ser solidário com o Barcelona, não por causa do futebol bonito, nem por pena do clube que está para sempre na história do Inter. Meu motivo é uma lembrança de 2006, quando encontramos, na véspera da final, dois espanhóis no Monte Fuji. Um deles, o que está bem no meio da foto acima, me disse estar preocupado com o que poderia acontecer no dia seguinte, pois apesar da imprensa espanhola levar de barbada aquela decisão, ele sabia que jamais seria fácil ser campeão sobre um time brasileiro. Por uma casualidade do destino, quando embarquei de volta para o Brasil, dois dias depois do jogo, nosso “amigo” catalão, quando nos reconheceu entrando no avião, levantou da poltrona que já ocupava e nos aplaudiu, reconhecendo o mérito da vitória do Inter. Um gesto nobre, de muito espírito esportivo, que eu provavelmente não seria capaz de ter se houvesse perdido.
No sábado, então, vou torcer que o vencedor não seja beneficiado por uma arbitragem incompetente, algo que anda cada vez mais comum, infelizmente. Que vença o melhor, o que não significa, necessariamente, o mais virtuoso. Enfim, que ganhe aquele que mais merecer, e que a sua torcida aproveite os momentos que eu um dia aproveitei – menos, é claro, o Monte Fuji, que vai estar longe de Abu Dhabi.

sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

Fundo do Poço?

O turfe brasileiro parece estar chegando ao fundo do poço. O escândalo do momento é a suspensão de vários treinadores pegos no antidoping e punidos com penas duríssimas. Dulcino Guignoni, o maior ganhador de provas de grupo na última década, que já está suspenso desde agosto, viu agora seu substituto R.M. Lima também “cair”. Pior ainda, seu filho Leandro, que estava atuando em Cidade Jardim, responsável pela tropa de grandes proprietários cariocas que para lá migraram, já foi pego em quatro casos, fora os que ainda estão esperando contraprova. Já está suspenso por 900 dias (dois anos e meio), e pode piorar. Com o escândalo, Lineo de Paula Machado resolveu expulsar Guignoni (o pai), seu treinador de longa data, do CT Vale do Itajara.
Na Gávea, a punição foi para Zezinho Pedrosa e os treinadores que lhe emprestaram o nome após uma suspensão, Renato Nascimento e Edson Ricardo. A comissão de corridas carioca considerou que os repetidos casos de doping da cocheira de Pedrosa, e a transferência dos cavalos (no papel) para outros treinadores, que acabariam igualmente flagrados, era falta gravíssima, e cassou a matrícula dos três, que ficam, assim, impedidos de exercerem a profissão.
O problema é que os casos são nebulosos. Guignoni sempre foi enaltecido como grande campeão, e repentinamente é o maior vilão do turfe brasileiro. Concordo com o que diz Renato Gameiro em seu blog, não há dúvidas que Guignoni era o alvo, e seu filho, o instrumento para atingi-lo. Resta saber porque, de uma hora para outra, todo mundo se voltou contra ele. Quanto a sua saída do Vale do Itajara, lamentável a postura do titular do Haras São José & Expedictus, fritando o profissional que lhe trouxe tantas vitórias. Duvido muito que um proprietário trabalhe uma década com um treinador sem conhecer seus “métodos de trabalho”. Em português mais claro, se Guignoni sempre dopou os cavalos, seus patrões com certeza sabiam, e foram covardes em atirar o treinador aos leões. Se o fato foi ocasional, os proprietários deveriam ter sido solidários com o profissional, aguardando uma completa apuração do ocorrido antes de tomar uma medida tão drástica.
Aí entra, então, o caso de Zezinho Pedrosa. Os proprietários que possuem cavalos com ele estando usando todos os canais possíveis para expressar indignação com o que eles chamam de “perseguição”. Segundo dizem, tudo começou quando uma égua treinada pelo Pedrosa apareceu retirada de um páreo da qual seria franca favorita, com o pedido de forfait contendo uma assinatura claramente falsificada do treinador. Pedrosa denunciou o fato, o forfait foi cancelado, a égua correu e ganhou. A partir daí, começaram a pipocar os casos de doping contra ele e seus substitutos, até a cassação. Seria, portanto, uma represália ao fato do treinador ter “furado” algum esquema e denunciado os funcionários envolvidos. Algo como “mexeu com as pessoas erradas”. Seja qual for a explicação, é muito estranho que o JCB tenha saído da complacência absoluta para o rigor extremo em tão pouco tempo.
O resumo de tudo é que o turfe brasileiro caminha tristemente para o buraco, em um processo que parece irreversível.

segunda-feira, 16 de novembro de 2009

BC Classic 2009 - Depois


A BC Classic deste ano já entrou para a história. Zenyatta manteve sua invencibilidade (14 vitórias!) e se tornou a primeira fêmea a ganhar a Classic. Deve ser eleita, com toda justiça, horse of the year, um prêmio a seus proprietários, que decidiram tentar fazer história, ao invés de ganhar com facilidade a Ladies Classic, no dia anterior.
Desta vez, Mike Smith foi perfeito no dorso da craque. Sabendo que não poderia dar para os machos as mesmas vantagens que concede no percurso contra as fêmeas, correu sempre por dentro até a entrada da reta, quando deixou Zenyatta vir para a linha 5. Toda grande conquista tem um pouco de sorte, e a invicta teve a felicidade de achar terreno livre para abrir, já que o páreo se dividiu em dois blocos, com cinco cavalos a sua frente, brigando pela vitória, e os demais abandonando o páreo atrás dela. Mais ainda, Twice Over, que estava por fora dela, fez correr antes, permitindo que Smith tirasse a craque ainda mais por fora e iniciasse sua avassaladora atropelada.
Zenyatta ganhou por um corpo, dando a nítida impressão que corre sempre o suficiente para vencer, seja qual for a turma. Em segundo, chegou Gio Ponti, em excelente atuação. Twice Over foi ótimo terceiro, e Summer Bird igualmente chegou bem em quarto. Colonel John fechou o marcador. Decepção total foi a corrida de Rip Van Winkle, que figurou em segundo apenas até a última curva. Ao contrário da ganhadora, que parecia um lutador de vale tudo pronto para entrar no octágono, o europeu não mostrava estar no seu melhor estado, quando focalizado no paddock.
Quem estava em Oak Tree conta que Goldikova, após sua vitória consagradora na BC Mile, estava terrivelmente desgastada no retorno à cocheira. Ao final da última corrida de sua campanha, Zenyatta parecia que nem havia corrido, caminhando tranqüilamente de orelhas em pé, sabedora de que havia feito a sua parte.

BC Turf 2009 - Depois


A BC Turf marcou outro bicampeonato, o de Conduit (foto), bem conduzido por Ryan Moore, que soube se mexer na hora certa para dominar o ponteiro Presious Passion nos últimos 50 metros e ganhar por meio corpo. O segundo colocado, aliás, fez uma carreira impressionante, tirando mais de 15 corpos na ponta ao imprimir parciais violentas (45´1 e 69´2), para depois diminuir inteligentemente o ritmo na reta oposta. Na entrada da reta, o piloto Elvis Trujillo trazia Presious Passion com apenas um corpo de vantagem, dando a nítida impressão de que abandonaria o páreo, mas o cavalo tinha a energia inteligentemente guardada para reagir ao ataque do favorito e endurecer muito a carreira. Se houve vários ganhadores brilhantes na BC, Presious Passion foi, com certeza, o mais brilhante segundo colocado. Em terceiro, chegou a égua Dar Re Mi, com Red Rocks em quarto.

BC Dirt Mile 2009 - Depois


A Dirt Mile foi outro páreo que me desgraçou no festival da Breeders Cup. Afirmei que Mastercraftsman era a grande barbada do final de semana, e apostei nele com a mesma convicção que escrevi aqui. O favoritão não teve boa partida, mas não acho que isso tenha sido decisivo para determinar seu pálido quarto lugar. Afinal, na altura dos 300 metros finais, seu jóquei Johnny Murtagh teve a oportunidade de lança-lo por dentro de Midshipman, que ponteava desde a partida, e assim o fez, mas o cavalo não respondeu ao seu chamado. Murtagh ainda reclamou de prejuízos, mas a reta de frente mostrou que não houve nada – a minha impressão foi de que o tordilho favorito se assustou com a passagem estreita e “refugou”.
Venceu Furthest Land (na foto, de boné vermelho), pule altíssima, e que eu modestamente havia indicado como terceira opção. Bem corrido por Julien Leparoux, sempre em terceiro, dominou Midshipman para conquistar a maior vitória de sua campanha. Ready´s Echo, em forte atropelada, ainda tomou o segundo do potro da Godolphin, que mostrou estar recuperando o padrão de carreira que já o fez ganhador da BC Juvenile, no ano passado.
Aidan O´Brien, que preferiu evitar o enfrentamento com Goldikova, acabou sofrendo mais uma decepção. Um fim de semana para o irlandês esquecer.

BC Mile 2009 - Depois


Errei feio na BC Mile: acreditava que Goldikova (foto) tinha, entre todos os grandes favoritos, a maior possibilidade de fracasso, e que a chance de acertar uma Pick-4 de bom rateio seria exclui-la do jogo e rechear o bilhete com pules mais altas. Na largada do páreo, já vi que a minha análise estava equivocada, já que a favorita, ao contrário do que eu esperava, decidiu não brigar na frente, onde Gladiatorus e Cowboy Cal moviam um pace fortíssimo. Largando bem por fora, O. Peslier optou por parar a craque e se posicionar mais por dentro, em último, para depois evoluir sempre em penúltimo na reta oposta, e arrancar para a vitória nos últimos 300 metros. Uma aula de leitura da carreira, e de como correr um favorito que larga em baliza desfavorável. Um bicampeonato maiúsculo para a grande craque européia.
Nas demais colocações, os americanos Corageous Cat, Justenuffhumor e Court Vision. Decepcionou Delegator, que deu alguma impressão na entrada da reta, mas depois sumiu (foi o 5º), assim como Zacinto, o outro europeu cotado, que sem lasix, não disse a que veio.

BC Juvenile 2009 - Depois


A BC Juvenile foi mais um exemplo da infelicidade de alguns jóqueis americanos, desta vez, no caso, Garret Gomez, novamente mal na direção de um favorito. Qualquer aprendiz sabe que, ao largar em baliza muito por fora, tendo uma curva para contornar logo em seguida, como é o caso dos 1700 em Oak Tree, é necessário tomar uma decisão: ou forçar, para conseguir chegar para dentro rapidamente, ou, parar e deixar o pelotão passar, vindo para as balizas internas nas últimas colocações. O pior dos mundos é ficar no meio do bloco, e ter que fazer as curvas sempre por fora de todos, exatamente o que fez Gomez.
Lookin At Lucky, largando da raia 13, e contornando as curvas sempre bem aberto, acabou perdendo sua invencibilidade por cabeça. Ganhou Vale Of York (foto), em joqueada de Ahmed Ajtebi que fez o que manda o figurino: sempre por dentro, virou a reta colado aos paus, e quando percebeu que Kent Desormeaux (em Piscitelli) iria fechar o seu “corredor”, arredou para a linha 4 para conquistar a única Breeders Cup da Godolphin em 2009.
O terceiro lugar foi de Noble´s Promise, e o quarto, de Piscitelli. Muito jogado, D´Funnybone não figurou, como eu havia previsto – cavalos de areia realmente tem dificuldades de adaptação ao sintético de Oak Tree.

sexta-feira, 13 de novembro de 2009

BC Sprint 2009 - Depois


A Turf Sprint já era, antes de correr, o páreo que menos me interessava. Acreditava, como indiquei aqui, que Lord Shanakill, pelas turmas que corria na Europa, poderia ser uma lucrativa surpresa, mas ele acabou “molhando” na reta final. Ganhou fácil o tordilho California Flag, largando e acabando com a carreira de curvas para os dois lados, lomba abaixo.
A Sprint do sintético foi sensacional, com o perdão do trocadilho. Isso porque o favorito Zensational largou um pouco devagar pela baliza 1, não conseguiu tomar a ponta, teve que correr terceiro e desapareceu na reta final. Cost Of Freedom, de campanha desenvolvida na Costa Oeste, ponteou a carreira até os últimos 30 metros (e teve papel decisivo, ao largar pela raia 2 e fechar a porta do favorito no início), mas acabou apenas em terceiro, superado por Dancing In Silks, que em sua primeira atuação em provas de grupo, acabou levando logo um Grupo 1, e Crown Of Thorns, que voava por fora e, com mais 10 metros, seria o vencedor. Em quarto, dando muita impressão por dentro, chegou Gayego. Uma foto quádrupla para primeiro, com uma diferença de apenas cabeça, de Dancing In Silks (na foto, o de boné verde) até Gayego.
Aparecia a primeira “bomba” da tarde, mas não seria a última.

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

BC Juvenile Turf 2009 - Depois


Grama é terreno para europeu, e não para americano. Na BC Juvenile Turf, vitória para o europeu de melhor ficha, Pounced, na condução sob medida de Lanfranco Dettori, aproveitando tudo por dentro, para arredar para a linha 2 na entrada da reta e dominar Bridgetown, que ponteou a prova desde a partida e confirmou o segundo. O favorito Interactif foi o terceiro próximo, tendo avançado junto com o ganhador, que vinha de segundo no Criterium francês. Decepção para Viscount Nelson, trazido por Aidan O´Brien sem lasix...
Na direção de Dettori, mais uma prova de que vir por dentro economiza terreno, algo que os jóqueis americanos insistem em desconhecer.

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

BC Ladies Classic 2009 - Depois


A Ladies Classic fechou a minha sexta de prejuízos com a vitória de Life Is Sweet, em forte atropelada. Minha escolhida, a tordilha Careless Jewell, fez um train violentíssimo na frente, para “cair dura” na entrada da reta. A ganhadora, corrida em último, passou de viagem para ganhar por três corpos. Mushka, também corrida na expectativa, formou a dupla, com Music Note repetindo o terceiro do ano passado. Corrida estranha de Cocoa Beach, que deu impressão e parou “de golpe”, com seu jóquei aparentemente desistindo da carreira.
Resumo da sexta da Breeders Cup: front runners fracassando no sintético, nenhum favorito confirmando e eu ficando sem as fichas.

BC Filly & Mare Sprint 2009 - Depois


Na FM Sprint, deu a dupla mais certa do fim de semana, mas na ordem invertida. Venceu Informed Decision (foto), corrida sempre em segundo por Julien Leparoux, para dominar Free Flying Soul, uma das grandes bombas do páreo, que ponteou e ainda agüentou o terceiro. A favorita Ventura ficou apenas em segundo, e todo mundo criticou a condução de Garret Gómez, por ter ficado muito longe da sua única real inimiga.
Ventura chegou a dar impressão de vitória, mas me pareceu que Leparoux, enquanto tinha luz, deu uma saidinha para fora e defendeu bem (e de forma lícita) a carreira. As chances de bicampeonato ficavam mesmo para o sábado...

BC Filly & Mare Turf 2009 - Depois


O páreo das éguas na grama e distância foi para a Europa, com a vitória da boa potranca Midday (foto). Méritos totais para o jóquei Thomas Queally, que correu a ganhadora sempre perto do bloco da frente, enquanto Visit puxava o train, avançou sempre colado aos paus, já tomando o terceiro na curva, e dominou nos 250 finais. Não consigo entender porque a maioria dos jóqueis americanos não consegue fazer um percurso por dentro...
Chegaram atropelando três americanas, Pure Clan, a favorita Forever Together e Magical Fantasy, pela ordem. A tordilha campeã do ano passado poderia ter conseguido algo melhor, se não tivesse ficado tão longe, e pelo menos neste páreo eu acertei na minha análise sobre o Leparoux.

terça-feira, 10 de novembro de 2009

BC Juvenile Fillies 2009 - Depois


A Juvenile Fillies corrida na areia começou uma seqüência de vitórias (e boas direções) de Julien Leparoux, calando a minha boca. Venceu She Be Wild, dominando a carreira pela cerca interna. Em segundo, Beautician, de quem eu havia destacado que os enormes prejuízos sofridos na carreira anterior deveriam ser apagados. A favorita Blind Luck foi apenas a terceira, apesar de ter dado impressão de vitória. Como grande crime da tarde, o quarto lugar de Biofuel, com o brasileiro Eurico Rosa a bordo. Quando a canadense embalou, sofreu um primeiro prejuízo, e foi quase derrubada no segundo, na altura dos 150 metros finais. Chegou a menos de dois corpos da ganhadora, com muita ação, sendo a provável campeã, não fossem os prejuízos. O vídeo da carreira merece ser visto (http://www.youtube.com/watch?v=oI-fqVzHZgE).
Always A Princess, minha segunda indicação, ponteou e cansou, começando a dar um outro indício, de que a raia sintética não estava favorecendo os front runners.

BC Juvenile Fillies Turf 2009 - Depois


A Juvenile Fillies Turf foi um mano a mano entre Rose Catherine e Tapitsfly (acima, na única foto que consegui). A primeira, que acabará de sair do perdedor, mas em ótima marca, moveu o train, sempre perseguida pela tordilha (minha segunda indicação), que dominou na metade da reta para vencer por meio corpo. Após jogar firme em Mastery e errar, aqui acabei acertando, mas ganhando menos do que deveria. No caminho da minha mesa para o guichê de apostas, mudei meu jogo de vencedor para show, deixando de aproveitar uma pule de 10,80 para cobrar uma de 3,00.
O terceiro ficou com a atropeladora House Of Grace, e o quarto, com Hatheer, corrida sempre em terceiro ao longo do percurso. Começava a fracassar o contingente de favoritos de Aidan O´Brien, já que Lillie Langtry nada produziu – segundo o TTKOS, apareceu com uma fratura de joelho depois do páreo.

BC Marathon 2009 - Depois


O festival da Breeders Cup começou com a Marathon e vitória européia, mas não dos favoritos. Ganhou Man Of Iron, que tinha até então apenas colocações de pouco brilho em provas de grupo 3. Foi a única vitória do treinador Aidan O´Brien, casualmente do único de seus pupilos que correu medicado com lasix. Méritos para a excelente condução de Johnny Murtagh, avançando sempre colado aos paus para fulminar na hora certa (focinho foi a diferença) o veterano Cloudy´s Knight, cujo jóquei, a meu ver, deu a partida cedo demais, ainda na curva. O favorito Mastery foi o terceiro, sem chegar a dar impressão. Father Time e Nite Light nada produziram – este último, confirmando minha previsão.
O resultado final acabou confirmando a opinião dos experts (que eu não concordava, até então) de que a Marathon era desprovida de classe. Um ganhador de pouca expressão, apenas avalizado pelo fato de ser irmão de Rags To Riches.

sábado, 7 de novembro de 2009

BC Classic 2009 - Antes


A Classic parece ser uma festa preparada para Zenyatta (foto) (5/2), a invicta craque californiana. O problema é que hoje não será contra éguas, e sim contra os melhores machos dos Estados Unidos, reforçados por Rip Van Winkle (7/2), provavelmente o segundo melhor cavalo em atividade na Europa. No páreo de hoje, se Mike Smith continuar dando vantagem no percurso, como habitualmente faz, ela terá chances remotas. Com bom percurso, vai chegar perto, mas não creio que vença.
Comenta-se que RVW tem problemas nos cascos, mas sua categoria me leva a indica-lo para frente. Gosto muito das chances de Summer Bird (9/2), que depois do Belmont só não conseguiu bater Rachel Alexandra. Está correndo muito, e como já falei aqui, do jeito que seu jóquei preferir. Nunca correu no sintético, mas tem bons trabalhos na própria pista de hoje, sendo, para mim, um grande rival hoje. É preciso respeitar (para colocações) Quality Road (12/1), apesar de não conhecer o sintético. O derby winner Mine That Bird (12/1) correu menos quando experimentou a raia de Oak Tree.
Meu resumo: Rip Van Winkle – Summer Bird - Zenyatta.

BC Turf 2009 - Antes


Pouco a comentar sobre a BC Turf. Sempre ganha um europeu, portanto a prova deve ficar entre Conduit (7/5), Spanish Moon (5/2) e a égua Dar Re Mi (3/1). Como todos estão vindo da Europa, o fator viagem se anula.
Spanish Moon tem a seu favor um maior descanso (correu pela última vez em 13/09), Conduit (foto) tem as maiores conquistas (a própria BC Turf, em 2008, e o King George, este ano), e Dar Re Mi contará com Lanfranco Dettori, um acréscimo em relação ao seu jóquei habitual (J. Fortune).
Meu resumo: Conduit – Spanish Moon – Dar Re Mi.

BC Dirt Mile 2009 - Antes


Chegamos, então, na Dirt Mile que não é no dirt, e sim no sintético. Aqui está a grande barbada do festival, Mastercraftsman (6/5). Ganhador de quatro provas de grupo 1 na Europa, apertou Sea The Stars no Juddmonte Stakes (foto acima) e já testado no sintético (em Dundalk, na Irlanda). Acho quase impossível perder.
Para mim, o possível inimigo é o BC Juvenile winner do ano passado, Midshipman (6/1), que reapareceu de onze meses parado vencendo optional claiming em Belmont. O morning line aponta como segunda força Bullsbay (3/1), ganhador de grupo 1 em Saratoga, mas que fracassou totalmente na sua única tentativa em pista sintética. Então, por falta de opção, indico como terceiro nome Furthest Land (20/1), que venceu grupo 2 em Keeneland há um mês.
Meu resumo: Mastercraftsman – Midshipman – Furthest Land.

BC Mile 2009 - Antes


Aqui no Brasil, todos os analistas cantam em prosa e verso que a BC Mile marcará o bicampeonato de Goldikova (foto), favorita de 8/5 no morning line. Discordo. Pela sua derrota no Prix De La Foret (cansando no final, e era só 1400 metros), por correr novamente em um mês (ano passado, ela chegou á BC com 48 dias de intervalo após sua última corrida), por largar na baliza mais externa e pela presença do velocíssimo Gladiatorus (20/1), da Godolphin, no páreo, acho que não será o dia dela.
Fico com dois europeus, Delegator (3/1), adquirido pela Godolphin após apertar Mastercraftsman no St. James Palace Stakes (G1), e Zacinto (8/1), que secundou Rip Van Winkle (e derrotou Delegator) no Queen Elizabeth Stakes (G1). Prefiro o primeiro pelo jóquei, Dettori é infinitamente superior a Ryan Moore.
Meu resumo: Delegator - Zacinto - Goldikova.

BC Juvenile 2009 - Antes


Estudei pouco a Juvenile, quando o certo seria analisar detalhadamente as corridas dos potros aqui inscritos, tentando encontrar um dos fatores chave para a vitória nesse tipo de disputa: a evolução.
Acredito que irá prevalecer o invicto Lookin At Lucky (foto) (8/5), mesmo largando na baliza mais por fora (13). Quatro vitórias é um cartel muito respeitável.
Não gosto de D´Funnybone (5/2), provável segunda força, pelo simples motivo de acreditar que os arenáticos da Costa Leste não costumam gostar do sintético californiano. Indico como opções para a dupla Noble´s Promise (8/1), ganhador de grupo 1 em Keeneland, Aikenite (8/1), que chegou a meio de corpo na mesma prova, e Pulsion (20/1), que vem de secundar o favorito. Respeito os europeus Beethoven (20/1), Vale Of York (20/1) e Radiohead (15/1), mas os deixo em segundo plano pelos fatores já explicados (viagem, quarentena, etc.).

Meu resumo: Lookin At Lucky – Noble Promise – Aikenite.

Bc Sprint


O verdadeiro páreo de velocidade, para os americanos, é BC Sprint, em 1200 areia (sintético, no caso de hoje). Aqui, acho que a briga se resume a quatro animais.
Impossível marcar contra o favorito Zensational (7/5), ainda mais largando pela baliza 1. Na última segunda, para “enfeitar” ainda mais seus fãs, ele trabalhou em 45´1, enchendo os olhos dos observadores.
Acho que o inimigo é Gayego (foto) (5/2), da Godolphin, que vem de vitória de grupo 1 na mesma pista de hoje, na expressiva marca de 68´1. Correrá mais acomodado, esperando briga intensa para tentar uma partida final.
Muita chance também para Fatal Bullet (9/2), montaria do brasileiro Eurico Rosa, segundo na Sprint do ano passado. Depois disso, parou oito meses e voltou vencendo duas vezes no sintético, tendo fracassado no dirt de Saratoga no meio das duas vitórias.
O quarto nome é o europeu Fleeting Spirit (8/1), ganhador de grupo 1 na Inglaterra (July Cup) e segundo no velocidade do Arco, o Prix De L´Abbaye, a pescoço. Terá contra si a viagem, a baliza de fora (9) e a tradição dos americanos nesta prova.
Meu resumo: Zensational – Gayego – Fatal Bullet.

BC Turf Sprint 2009 - Antes


Para mim, o páreo mais difícil da tarde é a Turf Sprint. Percurso com variante, curva para os dois lados e 1300 metros de pura loteria, sem nenhum favorito destacado.
No morning line, destaque para California Flag (foto) (7/2) e Diamondrella (4/1). Como o percurso não é típico para velocistas e os europeus gostam de brilhar na grama, destaco Lord Shanakill (8/1), que traz campanha de luxo em provas de grupo 1: 3º no St. James Palace Stakes, a menos de dois corpos de Mastercrafstman, 1º no Prix Jean Prat e 5º no Sussex Stakes, vencido por Rip Van Winkle, um dos favoritos da Classic.
Praticamente todos os competidores tem alguma chance.

Meu resumo: não tenho muita convicção, vou arriscar Lord Shanakill – Califórnia Flag - Diamondrella.

BC Juvenile Turf 2009 - Antes


Oito provas para comentar e tempo escasso. Por isso, análises mais curtas hoje. Além disso, ontem estudei demais as carreiras e acabei acertando pouco. Então, hoje estudarei menos. Quem sabe assim melhoro.
As provas de grama costumam ter favoritismo europeu, mas parece que para as Juvenile o velho continente não está trazendo o que tem de melhor. Interactif (foto), ganhador de duas provas de grupo 3, é o favorito (4/1) e, para mim, a indicação mais lógica, longe de ser barbada, pois este páreo é complicado.
Os europeus comparecem com cinco potros, dos quais, o destaque, pela campanha, seria para Pounced (9/2), segundo no Criterium francês. O problema, como bem observou meu conselheiro Tinho, do TTKOS, é que os animais que correm na semana do Arco do Triunfo normalmente são preparados para estarem no último furo na semana do Arco, e não depois. Assim, vou preferir Viscount Nelson (6/1), do treinador Aidan O´Brien, que vem de segundo em grupo 2 na Inglaterra. O irlandês King Ledley (20/1) parece estar um pouco abaixo em termos de campanha, enquanto Buzzword (6/1) e Awesome Act (20/1) correram dia 17/10 (!!!) em Newmarket, ou seja, em apenas 21 dias, atravessaram o Atlântico, ficaram na quarentena, e vão para a raia. Caneta neles.
Chance ainda para o americano Bridgetown (8/1), que ganhou G3 em Woodbine mostrando evolução. Bom azar para as quadrifetas é Codoy (15/1), que chegou a um corpo do favorito na última.
Meu resumo:Interactif – Viscount Nelson – Pounced - Bridgetown.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

BC Ladies Classic 2009 - Antes


A Ladies Classic fecha o primeiro dia da Breeders Cup com outro desafio aos experts. Não acho, como indica o morning line, que o páreo esteja resumido a duas competidoras. Acredito, sim, que tudo irá depender do ritmo da carreira.
Folgando na frente, a tordilha Careless Jewel (foto) (2/1) pode construir a maior vitória da sua impressionante campanha de 5 vitórias em 6 saídas (só perdeu na estréia). Da forma como vem ganhando, acredito que ela realmente irá largar e acabar.
Seu problema é ter uma parelha da Godolphin pelo caminho, com uma das duas podendo ir brigar na frente para favorecer a outra. Nenhuma das duas, no entanto, é naturalmente ligeira e ambas tem muita chance, o que me leva a crer que a equipe do sheik vai dispensar o jogo de equipe e tentar disputar com duas chances, como fez no ano passado. Se for assim, prefiro a chilena Cocoa Beach (8/1), segunda colocada nesta prova em 2008, apesar das últimas vitórias firmes de Music Note (9/5, favorita do morning line) em Nova York. Achei o terceiro de MN na última Ladies Classic uma demonstração de menos carreira no sintético.
Proviso (8/1) e Mushka (12/1), dupla que vingou no Spinster Stakes (G1) em Keeneland, também tem boa chance. Na última, Proviso ganhou, mas Mushka levou na bandeira. Ambas com campanha de grama, foram aprovadas no teste do sintético.
Também não dá para descartar Lethal Heat (20/1) e Life Is Sweet (8/1), que chegaram misturadas com Cocoa Beach na última (menos de um corpo separou as três). Igualmente merece respeito a europeia Rainbow View (6/1), ganhadora de grupo 1 na Inglaterra e Irlanda. Ou seja, este é o único páreo de amanhã em que não descarto absolutamente nenhuma competidora. Por obrigação, escolho a que vem ganhando fácil e certamente terá percurso limpo, já que corre na frente.
Resumo: Careless Jewel – Cocoa Beach – Music Note.

BC Filly And Mare Sprint 2009 - Antes


No páreo das fêmeas velocistas (1400 metros no sintético), uma tentativa de bicampeonato com boa chance de sucesso. Ventura (foto) ganhou no ano passado, disputou mais duas provas de grupo 1, ganhando uma e perdendo a outra para Gio Ponti por focinho, para então perder para Informed Decision por cabeça em percurso infeliz de seu jóquei. Após cinco meses descansando, reapareceu ganhando a Woodbine Mile (G1) na grama, páreo em que corria penúltimo algo afastada. É a melhor do lote, merecendo o favoritismo de 8/5.
Pode, no entanto, perder novamente para Informed Decision (5/2 no morning line), cada vez correndo mais, com um retrospecto de 5 vitórias de grupo em 6 saídas neste ano. Prefiro acreditar que Garret Gomez, jóquei da favorita, não vai levar duas joqueadas do Leparoux.
Também aparece bem cotada a parelha da Godolphin, Sara Louise (9/2 – a escolhida de Lanfranco Dettori) e Silver Swallow. A primeira merece respeito, pois apesar de ainda não conhecer o sintético, já derrotou Rachel Alexandra (01/11/08, em Churchill Downs). Da segunda, não gosto, principalmente pela diminuição de distância.
Game Face (10/1) ganhou a vaga na BC ao vencer grupo 1 em Calder por abandono, mas correu menos na sua primeira tentativa no sintético, quando fez quarto para Informed Decision em Presque Isle Downs, sem dar nenhuma impressão. Não sei se a pista desse hipódromo é parecida com a de Santa Anita, por isso fico em dúvida sobre a chance de Game Face.
Duas atropeladoras merecem consideração nas trifetas e quadrifetas: Evita Argentina (20/1) e Silver Swallow (30/1), que correram juntas na última em Del Mar, com vantagem para a primeira.
Resumo: Ventura – Informed Decision – Sara Louise.

BC Filly And Mare Turf 2009 - Antes


O páreo das éguas na grama e distância (2000 metros) é outra pedreira, apesar do campo com apenas 8 competidoras. Apenas Maram não parece ter campanha para enfrentar esta turma com chance de sucesso. Mesmo Visit, algo desprezada no morning line (10/1), tem chances, já que é a única que corre de frente e larga na baliza 1.
As outras seis preferem correr acomodadas, então um bom percurso pode ser o fator decisivo para a vitória. Por isso, me inclinei na direção de Magical Fantasy (foto) (3/1), que corre em casa e vem de quatro vitórias seguidas, apesar de todas elas terem sido por escassas margens. Da Europa, vem com muita chance Midday (4/1), que perdeu o Epsom Oaks por cabeça para a craque Sariska, para depois correr mais três provas de grupo 1, com um primeiro e dois terceiros (Irish Oaks e Prix De L´Opera). Deixo apenas como terceira opção a favorita Forever Together (5/2), que tenta o bi da prova, obviamente, com muita chance, mas levando a bordo Julien Leparoux, o que eu acho ser uma desvantagem. Na sua última vitória, o Diana Stakes em Saratoga, a tordilha fez uma curva quadrada, mas ainda venceu. Nem sempre é possível dar vantagem e ainda ganhar...
Também estão no páreo, com alguma chance, Rutherienne (8/1 – perdeu para Forever Together nas últimas quatro vezes que correram juntas), Pure Clan (5/1 – vem de ganhar em bonita atropelada) e Dynaforce (8/1 – há um mês, abandonou no meio da reta o páreo vencido por Pure Clan).
Resumo: páreo muito equilibrado. Por obrigação, Magical Fantasy – Midday – Forever Together.

BC Juvenile Fillies 2009 - Antes


Houve basicamente dois caminhos (ambos de grupo 1) para esta Juvenile Fillies: o Alcebíades Stakes, em Keeneland, e o Oak Leaf, em Santa Anita.
Do Kentucky, vem quatro das cinco primeiras colocadas (faltou a 3ª) no Alcebíades, onde chegaram separadas por apenas 3 ½ corpos, pela ordem (cotações para BC entre parênteses): Negligee (6/1), She Be Wild (8/1), Zilva (30/1) e Beautician (6/1). Destas, destaco a ganhadora, que tinha a melhor ação final, e a quinta colocada, muitíssimo prejudicada na hora decisiva.
Já o Oak Leaf credenciou suas três primeiras, a começar pela favorita (3/1) de amanhã, Blind Luck (foto). Sua vitória foi muito firme, dominou “de viagem”, o favoritismo é mais do que justo. A sua escoltante no mês passado foi Always A Princess (6/1), que ponteou a carreira. Desta vez, ela deve ser uma inimiga mais forte, já que o Oak Leaf havia sido apenas sua segunda apresentação, tendo saído de 1100 metros para 1700 em apenas um mês. Além disso, todos os comentários são de que ela melhorou muito nos matinais desde então. Bickersons (20/1), terceira colocada a pescoço de Always a Princess, também deve ser lembrada.
Pelos caminhos alternativos, chegam ainda outras duas postulantes: a invicta Devil May Care (8/1), que sustentou no galão trocado a vitória no Frizette Stakes (G1) em Belmont, mas terá contra si o fato de ainda não ter experimentado o sintético, e Connie And Michael (4/1), que estreou apostadíssima em Keeneland e venceu por abandono, vindo direto à BC.
Meu resumo: Blind Luck (pela última, não dá para marcar contra) – Always A Princess – Negligee – Beautician.

BC Juvenile Fillies Turf 2009 - Antes

Indicar alguém nas diversas versões Juvenile da BC é missão quase impossível. São potros e potrancas pouquíssimo corridos, o fator “evolução” pode pregar surpresas gigantescas. Pior ainda opinar se os páreos forem na grama, terreno que não é especialidade dos americanos.
Por isso, o favoritismo aqui tem que ser de Lillie Langtry (3/1), pupila de Aidan O´Brien. Ganhadora de grupos 2 e 3 na Irlanda, é a indicação natural no meio de um campo equilibradíssimo, pelo simples fato de ser ganhadora de grupo na Europa.
Das outras onze competidoras, poderia talvez colocar em plano inferior Potosina (apesar da vantagem de largar pela baliza 1), a italiana Junia Tepzia e Lisa´s Kitten, por largarem nas duas balizas de fora. Todas as outras merecem atenção. As análises colocam a invicta (duas atuações) House Of Grace como a melhor americana (4/1), mas sua vitória em Keeneland não me impressionou. Típico páreo em que um detalhe para lá ou para cá mudaria toda a história. Também com chances, por ordem de balizamento: Elusive Galaxy (12/1) já chegou a dois corpos da favorita; Smart Seattle (8/1) vem de perder a focinho para House Of Grace; Rose Catherine (8/1) ganhou em Belmont com o melhor turf speed entre todas as participantes; La Nez (20/1), apesar de nunca ter corrido na grama (só sintético), tem terceiro em grupo 1; Jungle Tale (15/1) vem de Woodbine com segundo em grupo 3; Hatheer (10/1) também chegou perto de HOG (terceiro); Tapitsfly venceu em Saratoga com muita autoridade em setembro, embora tenha corrido menos na última. Ou seja, dificílimo escolher alguém.
Meu resumo: Lillie Langtry (pelas vitórias de grupo na Europa) – Tapitsfly (como palpite para segundo) – House Of Grace. Sem muita convicção.

BC Marathon 2009 - Antes


Nada mais pertinente do que começar a maratona de 14 GPs em dois dias de Breeders Cup com a BC Marathon, em 2800 metros, na pista sintética. São 10 inscritos na prova que não tem graduação, mas que oferece bolsa de 500 mil dólares, e que tem sido muito desmerecida pelos analistas.
O favoritismo no morning line é para dois europeus. O primeiro deles é Mastery (foto) da Godolphin, cotado a 9/5. Sem dúvida o animal de maior categoria, vem de ganhar o St. Leger (G1), tradicional prova na mesma distância de amanhã. Se “pegar” a raia, deve ganhar. Os analistas indicam Father Time, da Juddmonte Farms, como o principal adversário do cavalo do sheik Maktoum. Nas duas últimas, perdeu para o favorito, por 4 ½ e 3 ½ corpos. Antes, havia vencido grupo 2 no meeting de Royal Ascot. Para mim, é boa opção para a dupla, igualmente dependendo de aceitar bem a pista. Está cotado a 3/1.
O terceiro mais visado (4/1) é Nite Light, cuja maior vitória foi no Turfway Park Fall Championship (G3), quando o deixaram galopar na frente em train lentíssimo (passou a primeira milha em 103`), e assim ganhar de ponta a ponta. Como não acho que terá a mesma vida mansa, não gosto.
Minha opção para quem gosta de pules mais altas é o veterano Cloudy´s Knight (8/1), ganhador do Canadian International de 2007, que voltou este ano após 12 meses de inatividade ganhando duas provas de grupo 3. Aos 9 anos de idade, continua atropelando com apetite, devendo estar com certeza nas trifetas e quadrifetas.
Dos demais, pouco a comentar. Acho que a última atuação de Black Astor deve ser desconsiderada e sua vitória anterior (grupo 2 em Hollywood Park), entendida como credencial boa para o nível do páreo. Man Of Iron, outro europeu, não está no nível da dupla favorita, mas pode agradecer o lasix (assim como os outros dois, é claro). Não creio em Muhannak, ganhador do ano passado, nem nos outros três inscritos.
Meu resumo: Mastery (firme, possível crava das picks) – Father Time – Cloudy´s Knight.

Breeders Cup 2009


Amanhã e sábado, teremos a maior festa do turfe mundial, a Breeders Cup, com suas 14 provas idealizadas para escolher os grandes campeões do ano. A Europa tem o Arco do Triunfo e o meeting de Royal Ascot, os sheiks tem o festival de Dubai, mas nada supera a festa americana em termos de classe e premiações.
Para quem discorda, um argumento definito: os europeus trazem sua nata para tentar vencer os americanos, enquanto estes pouquíssimas vezes se aventuram no Arco ou no King George.
Vou analisar no detalhe as provas do festival, tentando ajudar os meus dois ou três leitores na difícil missão de acertar alguma coisa. Como o meeting ocorre novamente em Oak Tree - Santa Anita, fica sempre uma interrogação sobre como animais que sempre correram em areia “real” irão aceitar a pista sintética do hipódromo californiano. Já dos gramáticos, espera-se, a princípio, boa adaptação.
Na seqüência, posto minhas opiniões sobre cada um dos páreos.

terça-feira, 6 de outubro de 2009

The Star


Sea The Stars confirmou o que dele se esperava e ganhou o Arco do Triunfo da mesma forma como vinha vencendo seus desafios anteriores: trazido com calma por Mike Kinane, esperando uma passagem por dentro, para dar a partida e tirar uns 3 corpos sem dificuldade, e depois apenas fazer pose para a foto.
Inscreveu definitivamente seu nome na galeria dos maiores de todos os tempos – quem quiser ver o páreo, já está no TTKOS. Minha dupla exata bateu na trave, pois Conduit entrou quarto, agarrado em Youmzain e Cavalryman, segundo e terceiro, respectivamente. O potro Fame And Glory, meu outro escolhido para secundar a máquina, não figurou.
Não se sabe ainda o futuro do craque, mas eu torço que seus responsáveis decidam correr a Breeders Cup Classic, desafiando os americanos no sintético. Seria o maior acontecimento dos últimos anos: Sea The Stars x Summer Bird x Zenyatta. Acho, no entanto, pouco provável que sua reputação seja posta à prova em pista desconhecida. A opção mais provável é simplesmente encerrar a campanha no auge, indo logo para a reprodução.

domingo, 4 de outubro de 2009

The Bird

Já o chamei de “o outro Bird”, mas o tempo queimou minha língua. Ele é The Bird, o ganhador das principais provas do ano na Costa Leste americana. Belmont Stakes, Travers, e hoje, Jockey Club Gold Cup. Uma vitória na Breeders Cup Classic o fará, certamente, Horse Of The Year.
Summer Bird ganhou um GP de train inicial lento, percebido pelo jóquei do seu principal adversário, Quality Road, que resolveu tomar a ponta. Kent Desormeaux entendeu e foi atrás, virando a reta já dominando seu rival, para vencer por um corpo e completar uma seqüência de GPs que não acontecia há vinte anos – desde Easy Goer.
Summer Bird parece ter uma qualidade rara, corre onde seu jóquei preferir. No Belmont, veio de trás, no Travers e ontem, correu mais perto. É a espada americana para enfrentar os europeus na BC Classic.

sábado, 3 de outubro de 2009

Semana Cheia


Semana cheia de grandes espetáculos turfísticos pelo mundo, coroados pelo Arco do Triunfo, amanhã em Longchamp. Não me senti qualificado a dar palpites na semana máxima do turfe francês, para isso existe o TTKOS (link ao lado). A única coisa que eu tinha certeza era da total impossibilidade do Stud Estrela Energia faturar alguma coisa na França – podem achar que falar depois é fácil, mas juro que essa era minha convicção antes dos páreos de hoje. Para não deixar passar o assunto, vale a mesma regra para Hot Six amanhã – não figura.
De Paris, a principal notícia de hoje foi a queda da craque Goldikova (foto), apenas terceiro no Prix de La Foret. Não sei até que ponto a derrota pode mudar os planos dos seus responsáveis, desistindo de tentar o bi da Breeders Cup Mile, onde ela seria a grande favorita. Outra derrota marcante aconteceu em Newmarket, onde a favoritona Ghanaati, ganhadora das 1000 Guineas, cotada a 6/5, acabou perdendo para Sahpresa.
Nos Estados Unidos, hoje, a festa está acontecendo em Belmont Park, com cinco provas de grupo 1, e muitos candidatos ao festival da Breeders Cup. Por enquanto, só o que sei de lá é que Music Note, da Godolphin, confirmou seu estrondoso favoritismo de 1,25 e ganhou o Beldame Stakes, confirmando sua presença em Santa Anita. Segundo seu treinador, Music Note deve correr a Ladies´ Classic.
Na Jockey Club Gold Cup, novo duelo entre Summer Bird e Quality Road. O primeiro defende o título de melhor 3 anos da Costa Leste, após ter vencido o Belmont Stakes e o Travers. O segundo, ganhador do Florida Derby em recorde e favorito do Kentucky Derby, que acabaria não correndo, tenta provar que é mesmo o craque que muita gente acha. Contra os dois potros, a presença de Macho Again, que vem de quase derrotar Rachel Alexandra na sua última apresentação.
Esta Gold Cup deve indicar o que os americanos terão para tentar combater o forte esquadrão europeu que prometer desembarcar na Califórnia em busca da BC Classic. Rip Van Winkle está confirmado, e seu companheiro de cocheiras Mastercraftsman venceu hoje na Irlanda, em Dundalk, uma prova de grupo 3, com o único objetivo de testar a sua adaptação ao piso sintético, semelhante ao que enfrentará em Santa Anita. Dizem que o tordilho demonstrou gostar da raia, apesar do campo da prova não ser propriamente um grande desafio.

Amanhã, a torcida é para não chover, e Sea The Stars ser confirmado na prova. Ganhando o Arco e depois a Classic, o craque pode cravar seu nome entre os maiores da história, sem exagero. Com STS fora, acredito no derby winner irlandês Fame And Glory.

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Museu do Boca


Visitei o Museo De La Pasión Boquense, o museu oficial do Boca, na minha última ida a Buenos Aires. Cantado em prosa e verso como o mais completo museu de um clube sulamericano, é um passeio legal, mas tem algumas falhas.
Logo na entrada, um corredor apresenta Los Protagonistas, uma galeria de fotos de todos os jogadores que defenderam o clube em pelo menos uma partida “oficial da primeira divisão” (sic) desde 1931. Pelo esclarecimento do folder, trata-se apenas de quem jogou pelo Campeonato Argentino, o que, de qualquer forma, é um belo trabalho de resgate histórico. Inclui vários brasileiros, até o Baiano, aquele lateral direito que jogou na Seleção na época do Luxemburgo, além dos colorados Iarley e Vargas.
Há também, obviamente, camisetas históricas, ingressos de jogos importantes, flâmulas e taças. Na ala denominada Los Campeonatos, monitores mostram gols de títulos históricos, com um problema: o mais recente é de 2000, ou seja, não estão incluídos os títulos desta década, tão gloriosa para o clube.
O passeio inclui ainda dois espetáculos audiovisuais, Los Ídolos, um filme de aproximadamente 10 minutos sobre os craques que passaram pelo Boca (legal), e La Pasión, um ambiente em formato de bola, onde um filme em 360º se propõe a simular a emoção de entrar em campo na Bombonera vestindo a camisa do clube e disputando um jogo oficial. Este é o maior mico do museu, as sessões acontecem apenas de hora em hora, e o filme é bem pobre. Além do mais, o “craque” do filme não joga nada – erra passes, toma um cartão amarelo por entrar “lotado” no adversário e cobra uma falta tão mal que o jogador da barreira mata no peito e sai jogando.
Na visita guiada pelo estádio, a Bombonera mantém aquela imponência que lhe fez fama, mas parece muito descuidada, com arquibancadas rachando e a pintura descascada. No final, dá para tirar aquelas fotos montadas, onde o visitante pode sair abraçado em Riquelme, Palermo, Tevez ou Maradona.

Na fase atual do Boca, parece que o melhor que há na Bombonera é o museu.

domingo, 13 de setembro de 2009

Polla de Potrillos


Semana passada, estive na terra dos hermanos, mas não para ver o jogo da seleção da CBF - me permito não chamar de brasileira uma equipe feita para negociatas. Fui a Palermo ver a Polla de Potrillos, primeira prova da tríplice coroa argentina.
Muito havia escutado sobre Palermo, que é um hipódromo bonito e bem cuidado, mas não é a oitava maravilha das Américas, como se fala. Dizem que há mais 5.000 slot machines (traga-monedas, como eles chamam) ajudando no faturamento, mas não vi o movimento que se comenta. Filas de espera de dez pessoas nas maquininhas? Nunca.
Cheguei por lá no páreo anterior da atração máxima. Três anos sem vitória, com alguns estreantes comentados na revistinha que comprei – uma das três disponíveis. Na minha análise, o favorito Lazy Storm, que havia beliscado em todas as suas cinco atuações anteriores, era a força, e pagava 2,60. Comentava-se muito o estreante Forty Croo, mas o rateio não era de barbada – 8,50, e com poucas pules de placê. Joguei firme no favorito, e a pedra começou a me dar tranqüilidade, mostrando um jogo cada vez mais forte na minha escolha – ganhou fácil, pagando 1,90.
Na Polla, estudei bastante, e cheguei a conclusão que a vitória não poderia fugir de três potros. Obviamente, muita chance para o favorito - 1,50 - Quartien Latin, facílimo ganhador nas suas duas apresentações, a última, um grupo 2, preparatório da Polla. Além dele, escolhi Don Valiente, que havia perdido na estréia para Call Wells (igualmente inscrito aqui), para depois vencer por 14 corpos em 93´59, tempo muito melhor do que o favorito havia marcado. Não havia como deixar de respeitar San Livinus, ganhador da Carrera de Las Estrellas Juvenille e segundo nas 2000 Guineas, duas provas de grupo, mas na grama, em San Isidro. Para mim, a evolução de Don Valiente prevaleceria. Ainda mais que ele era o mais bonito no galope de apresentação.
Após o cânter, percebi que os meus três escolhidos eram do mesmo treinador, e que Pablo Falero, o líder das estatísticas de jóqueis, montaria San Livinus, cujo trabalho na areia ele havia gostado (segundo a revista). Mudei meu jogo, optando pela dupla Quartien Latin-San Livinus. Havia avisado meus amigos que jogaria em Don Valiente, mas mudei.
Na carreira, o favorito Quartier Latin, ao contrário das anteriores, já tomou a ponta nos 1300 e virou a reta liderando. Já se percebia, no entanto, o avanço de Don Valiente. A partir dos 400 finais, a briga foi entre os dois, com Don Valiente prevalecendo nos últimos 100 metros. Após o páreo, a arquibancada se dividiu em gritos de comemoração do tipo “esse era barbada” e recriminações ao jóquei Rodrigo Blanco pela condução precipitada do favorito.

Resumindo, poderia ter saído de Palermo com 100% de aproveitamento, mas acabei estudando demais e errando o páreo principal.

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

Travers 2009


O Travers Stakes, conhecido como o “Derby de Verão”, é um dos GPs mais antigos dos Estados Unidos, tendo chegado, no último sábado, a sua 148ª edição. Falei aqui, após o Belmont Stakes, que o Travers 2009 “seria o início do esclarecimento”, uma possibilidade de apontar um legítimo líder masculino da geração, já que nenhum potro despontava como craque.
Sem Mine That Bird, recentemente operado, a dúvida vai continuar, apesar da firme vitória de Summer Bird. O campeão do Belmont ganhou fácil, mas sem enfrentar seu irmão paterno. Mais do que isso, um ganhador do Belmont vencer o Travers não é novidade, aconteceu com 30 dos 59 cavalos que tentaram. Summer Bird era a lógica no ultimo sábado, pena que eu só percebi depois do páreo. Quality Road, favorito de 2,50, vinha de quatro meses parado, e havia reaparecido em 1.300 metros, para enfrentar os 2.000 do Travers no barro, em apenas 28 dias. Não tomou a ponta ao natural, nem seu jóquei John Velásquez procurou forçar, preferindo correr em quarto, sempre por dentro. Quando procurou pelo favorito, tinha muito pouco a receber como resposta.
Summer Bird, corrido muito mais perto do que no Belmont, já dominou na entrada da reta e venceu por quatro corpos. Potro de estréia tardia, aparenta estar evoluindo a cada atuação, podendo ser o grande nome dos próximos GPs americanos. É esperar para ver a confirmação.
A tarde de sábado em Saratoga teve ainda boas notícias para o Sheik Maktoum e sua Godolphin. A égua Music Note venceu o Ballerina Stakes, e o tordilho Vineyard Heaven, reaparecendo após mancar em Dubai, venceu o King´s Bishop Stakes, mas acabou desclassificado em favor de Capt. Candyman Can. Perder nunca é bom, mas a atuação de VH, um dos mais promissores dois anos de sua geração, leva a crer que ele está de volta à velha forma. Ainda vai incomodar em 2009.
A semana da Godolphin, foi, aliás, como há muito não se via. Ainda em Saratoga, Sara Louise ganhou o Victory Ride (G3), o recém adquirido Delegator ganhou a Celebration Mile (G2), em Goodwood, e Campanologist levou o Winter Hill St. (G3), em Windsor, ambos na Inglaterra. Quatro vitórias de grupo no mesmo dia, e um reaparecimento auspicioso. Talvez o ano do Sheik não acabe tão ruim como pintava.

sábado, 22 de agosto de 2009

Ano Dos Craques

O ano de 2009 tem feito a festa dos amantes do turfe. É um festival de craques dando show de uma forma nunca antes vista em uma mesma temporada. A potranca Rachel Alexandra esmagando os machos com vitórias esmagadoras no dirt dos Estados Unidos. Zenyatta, a égua invicta que resiste aos percursos cada vez mais infelizes do seu jóquei Mike Smith. Goldikova, a rainha da milha nas pistas européias, rumando para a sua segunda Breeders Cup. Sariska, a ganhadora do Oaks inglês e irlandês, com direito a flauta histórica do seu jóquei no último – depois disso, veio o castigo divino, com a craque perdendo o Yorkshire Oaks para Dar Re Mi, complicando um pouco suas pretensões de ir ao Arco do Triunfo enfrentar os machos.
Muitas fêmeas, é verdade, mas também um grande craque entre os machos. Sea The Stars, ganhador do Derby de Epsom, do Eclipse Stakes, e agora, também do Juddmonte International Stakes. Aidan O´Brien, o treinador golden boy do turfe europeu, tentou de tudo para derrotá-lo. Inscreveu três adversários, dois pacemakers e o tordilho Mastercrafstman, ganhador do St. James Palace Stakes, prova de grupo1 na milha. Os dois coelhos ficaram sempre nas balizas 1 e 3, e Mastercrafstman, espertamente, dominou a carreira pelo meio dos dois, para que a passagem do favorito fosse fechada.
Mike Kinane, jóquei de Sea The Stars, preferiu, no entanto, o caminho mais arriscado. Foi atrás do tordilho, sem dar tempo que os coadjuvantes de O´Brien lhe fechassem a porta. Com o caminho livre, nos curvilhões do seu único adversário, Sea The Stars só precisou ser tirado um pouquinho para fora, para não ser ameaçado pelo chicote de Johnny Murtagh, jóquei de Mastercrafstman, que batia um pouco aberto. Nos últimos 100 metros, o favorito mostrou quem manda na Europa, deixando o tordilho, em brilhante atuação, a um corpo. Os pacemakers chegaram a mais de 30 corpos da dupla vencedora.
O vídeo é interessante, vale assistir. Agora, o céu é o limite para Sea The Stars.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

De Novo?


O consagrado Dulcino Guignoni (foto), um dos treinadores com maior número de vitórias em provas de grupo no Brasil, está de novo na corda bamba. Sua pupila La Vendetta, ganhadora, na semana do GP Brasil, do Osaf, o “Brasil das éguas”, foi novamente apanhada no antidoping, a exemplo do que já havia acontecido em novembro passado, resultando em dura suspensão para o treinador.
Ninguém duvida da classe de La Vendetta, que já havia ganho o Osaf paulista, em maio de 2008. O fato curioso é que ela, após uma parada de seis meses, havia reaparecido em junho, com segundo para Remember Carina em listed race, obtendo depois um quinto em grupo 2, na preparatória da semana máxima, derrotada por Hope e Last Bet, entre outras. No dia D, no entanto, a veterana corredora voltou a ser a “super” La Vendetta, batendo Hope, Last Bet, Remember Carina e outras onze éguas. Claro que a função das preparatórias é preparar (com o perdão da redundância) os animais para as grandes disputas, e o importante é chegar bem na hora decisiva, o que pode ter acontecido com a campeã do Osaf.
Fica, no entanto, aquele ponto de interrogação. A contraprova de hoje irá dizer se La Vendetta terá mais uma vitória de grupo 1, ou se encerra sua campanha com duas manchas no form.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

GP Brasil 2009 - Parte 2

Impossível falar do GP Brasil deste ano sem comentar, de cara, o público, de longe o menor que já vi na festa carioca. O evento da Athina Onassis na Hípica atraiu mais atenção da mídia (era óbvio) e serviu para roubar público da Gávea, mas não foi o único culpado. Há uma claríssima diminuição da quantidade de turfistas no Brasil. Os mais velhos vão morrendo, e não há reposição nas novas gerações. Jovem vibrando com as corridas, só o filho do Gonçalo Torrealba...
No José Paulino Nogueira, Táxi Aéreo confirmou seu retrospecto recente e venceu com firmeza, deixando o confirmador Northern Ireland na dupla. Talk Back, Rio Miranda e Tônemaí chegaram a seguir. Com o fracasso de Oroveso, começava a tarde negra do Stud Estrela Energia.
A milha do Presidente da República teve o forfait do seu favorito, o paulista Kapo Di Tutti, preservado de enfrentar uma raia pesada – sua seqüência de quatro vitórias havia sido construída desferrado. Venceu Olympic Election, dando o bi da prova ao Haras Regina. Um caso claro de evolução, pois havia conquistado seu primeiro clássico (um listed) 40 dias antes. Seus escoltantes foram os meus indicados, Colorado Sam e Saberete, este em atuação digna de registro, pois brigou “com a polícia” e, mesmo sem lasix (detalhe que só observei na revista), agüentou quase até o disco. Rooney e Scottish Boy completaram a pedra. O potro Uncle Tom, eleito favorito, não foi visto em carreira.
Chegou a hora do Brasil, e só se falava no trio Flymetothemoon / Hot Six / Smile Jenny. Era a lógica óbvia na opinião do Brasil inteiro, inclusive a minha. Eu não só achava como joguei bastante que a vitória ficaria com um dos três. Fiquei “sem as fichas”, pois acabou vencendo Jeune Turc, em grande condução de Marcos Mazini, entrando definitivamente para o time dos grandes jóqueis brasileiros. Este filho de Know Heights, ganhador do São Paulo 2008, havia esquecido sua carreira em algum lugar do passado, mas voltou a sua melhor forma na hora certa. Estava lindo no paddock, achou uma passagem providencial na altura dos 400 finais e surpreendeu os favoritos. Flymetothemoon deu impressão, mas acabou chegando relativamente longe do ganhador, cansando um pouco no final, talvez por ter feito um percurso sempre por fora de todos. O paulista Lignon´s Hero foi o terceiro, com Smile Jenny e Hot Six a seguir. Deste último, praticamente não se escuta o nome no vídeo abaixo, já que corria sempre entre os últimos. Quem pagou o pato pelo apagado quinto lugar foi o jóquei Jorge Leme, demitido pelo Estrela Energia na última segunda. A verdade é que era o dia de Jeune Turc – teria ganho com ou sem a passagem que encontrou, basta ver a sua ação final.
Para encerrar a festa, a Taça Cidade Maravilhosa teve a vitória da minha barbada, o paulista Biólogo, proporcionando o surpreendente rateio de 5,10. Matou nos últimos 100 metros a Power Mix, do Stud Palura, que já havia vencido o “Sãopaulinho” e quase levou também o “Brasil B”. Na segunda, o Delegações Turfísticas teve a fácil vitória de Yes Book, encerrando a festa.
Agora, o turfe brasileiro começa a pensar na Tríplice Coroa Paulista e nos preparativos para Dubai – já é dada como certa a ida de Olympic Election e Heath Row, entre outros.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

GP Brasil 2009 - Parte 1

A festa do Brasil começou, para mim, de forma irritante. Fui conferir o Leilão Top Classic no Forte de Copacabana, mas acabei barrado por “não ter feito reserva” em um salão que tinha umas 100 mesas, das quais umas 15 ocupadas... O resultado foi bom para os tempos atuais, 4,8 milhões de reais para 41 lotes, segundo o site Raia Leve. Nas pistas, o Clássico Luiz Gurgel do Amaral Valente ficou com Great Exam, confirmando sua ótima fase. No Clássico Breno Caldas, deu a dupla que eu indiquei, com Ptgualicho dominando no final a Blue Elf. O potro Trapeze nunca esteve no páreo e chegou descolocado. Acertando este páreo, e também um animal completando desenturmado (Evil Magic, no 3º páreo), terminei a sexta ganhando bem, fato inédito, pois costumo perder no primeiro dia do Brasil e ganhar nos outros. A chuva insistente mostrou logo que iria ser importante na semana, pois a raia de areia estava dando nítida vantagem para os animais que largavam por fora, encostavam na cerca externa e faziam a diagonal. Outro “sinal” da sexta feira foi dado no 5º páreo, quando o jóquei C. Lavor, montando a favorita de devolução Pérola Preta, simplesmente “pulou de cima” da égua na grande curva. Confirmando a minha observação, Lavor foi duramente vaiado no cânter do páreo seguinte, com alguns gritos de “ladrão” ecoando nas arquibancadas. O jóquei de tantas glórias explicou para o proprietário da égua que “estava com labirintite”...
No sábado, os grandes prêmios foram corridos com sol, mas com a grama muito pesada. O som do galope de apresentação dava impressão que os cavalos estavam correndo em um pântano. No Major Suckow, a primeira surpresa da tarde: Sol de Angra, largando pela baliza 14, levou a melhor. O paranaense Heat Row formou a dupla bombástica, mesmo sofrendo prejuízo gigantesco na largada (vejam no vídeo abaixo, ele é o número 4). A favorita Requebra, em percurso muito infeliz, foi apenas a terceira colocada, com sua companheira Special Class e a paulista Última Palavra completando o marcador.
No GP Roberto e Nelson Grimaldi Seabra, que passou a ter o subtítulo “Taça Osaf”, resgatando sua denominação tradicional, tivemos o primeiro come back da semana. La Vendetta, ganhadora do Osaf paulista em 2008, mas que não vencia desde então, impôs a sua grande categoria, derrotando Tanta Honra, que igualmente não ganhava desde 2008, e deu muita impressão de vitória. Hope, ganhadora da preparatória, chegou em terceiro, com a campeã do ano passado Really Winner em quarto, e Last Bet a seguir. Ou seja, citei cinco éguas aqui no post anterior, e apenas uma chegou.
No GP João Adhemar de Almeida Prado, o grupo 3 das potrancas, venceu fácil Ópera Cômica, secundada por Inchatillon, uma confirmação da dupla favorita. Tiago Josué Pereira alcançou assim, seu segundo triunfo clássico na tarde. Foi também a única vitória clássica do Stud Estrela Energia na semana, mesmo tendo algum dos favoritos em cinco das seis provas principais.
Amanhã, comento o domingo e a segunda.

sábado, 1 de agosto de 2009

A Semana do Brasil

Começa hoje a semana máxima do turfe brasileiro. A Gávea pode estar longe dos seus melhores dias, com apostas em queda, prêmios estagnados e páreos de resultado duvidoso, mas o charme do GP Brasil é inegável. Serão dez clássicos, sem contar as Provas Especiais. Como abertura, a segunda parte do Leilão Top Classic, em inédita localização, o Forte de Copacabana.
Nas pistas, teremos hoje dez corridas em pista de areia, incluindo três claimings, fato impensável dez anos atrás, quando as inscrições formavam páreos suficientes para manter o nível mais elevado. Teremos dois clássicos, o Luiz Gurgel do Amaral Valente, em 1200 metros, e o Breno Caldas, na milha. Neste, a curiosidade é saber como se comportará o potro Trapeze, tido como um dos melhores de sua geração, que após fracassar na Taça de Prata, irá enfrentar pela primeira vez os mais velhos, levando grande vantagem de peso. Nos últimos anos, os potros não tem conseguido superar os mais velhos neste clássico, o que me leva a destacar os experientes Blue Elf e Ptgualicho, deixando o potro do Stud Alvarenga como possível surpresa. Para ganhar o Breno Caldas, terá que mostrar que é “máquina”.
Amanhã, três provas de grupo. O Major Suckow reunirá os principais velocistas do país, apesar das ausências de Jaguarão e El Jogo Virtual. Impossível não apontar Requebra como favorita. Atual campeã da prova, ela parou por oito meses e venceu fácil a preparatória. Corre do jeito que o seu jóquei quiser, e me parece a força mais destacada da semana clássica. Última Palavra, a campeã do quilômetro paulista, merece respeito, mas cabe lembrar que os animais de São Paulo geralmente estranham o “cotovelo” dos 1000 metros da Gávea. Contra ela, ainda, a tradicional “marcação” que os jóqueis cariocas fazem nos paulistas. Minha previsão é de dificuldades para a égua do Haras Tango. Outra curiosidade do Suckow é a presença de dois potros que lideraram suas gerações, mas sucumbiram ao aumento de distância e foram trazidos de volta aos páreos de velocidade: Indômito, o líder paulista, e Seu Nicão, o carioca. Acredito mais no primeiro, pois acho que Seu Nicão ganhou “de ninguém”.
O sábado continua com o GP Roberto e Nelson Grimaldi Seabra, o antigo Osaf. Quinze éguas brigarão pela glória máxima, em páreo de difícil prognóstico. Destaco cinco competidoras: Estrela Anki, que tirou a tríplice coroa de Smile Jenny, mas depois fracassou no Osaf paulista; Ursula’s Home, eleita favorita em Cidade Jardim, onde fez terceiro na semana máxima, para depois vencer G3 em 2400; Remember Carina, americana do TNT que vem mostrando evolução; Hope, ganhadora da preparatória carioca; e Spring Love, que venceu o Osaf paulista, reaparecendo com quarto lugar na preparatória. O GP João Adhemar e Nelson de Almeida Prado, um grupo 3 de potrancas, é o clássico seguinte, uma novidade na semana máxima. Páreo difícil, onde a maioria das competidoras atuou poucas vezes. Os melhores retrospectos são Ópera Cômica, que chegou a liderar a geração, e Inchatillon, terceira na Taça de Prata em percurso cheio de “choro no livro”. Como boa zebra, destaco Dear Nati, que vinha de segundo para Ópera Cômica, fracassando depois em páreo duríssimo contra os machos.
O domingo começa o GP José Paulino Nogueira, o grupo 3 dos potros, outra novidade. Igualmente difícil para indicar alguma coisa, pelo mesmo motivo do páreo das potrancas. Taxi Aéreo, quem vem evoluindo sempre e fez ótimo segundo na Taça de Prata, e Oroveso, do iluminado Stud Estrela Energia, são as forças. Oroveso, segundo para Moryba e, posteriormente, para seu companheiro Uncle Tom, mereceu tanta confiança dos seus responsáveis que a parelha foi separada – Uncle Tom irá enfrentar os mais velhos no Presidente da República. A pule mais alta pode ser o paulista Rio Miranda, que vem de bom terceiro para Saberete na preparatória da milha máxima.
Por falar em milha, o GP Presidente da República é justamente o páreo seguinte. Destaca-se Kapo Di Tutti, firme ganhador da milha paulista. O filho de Redattore cada dia corre mais e terá contra si apenas o fato de não conhecer a raia carioca. As diferenças mais lógicas são Colorado Sam, ganhador da preparatória carioca, e o já citado Saberete, da paulista. Já falamos de Uncle Tom, e cabe lembrar que, ao contrário do Clássico Breno Caldas, aqui os potros realmente corredores pregam peças nos mais velhos.
No GP Brasil, mais um capítulo da rivalidade Flymetothemoon x Hot Six, que está empatada em 3x3. No Latinoamericano, o craque do Haras Doce Vale rodou, e Hot Six venceu em forte atropelada. No São Paulo, Flymetothemoon “se mexeu”antes, dominou e resistiu ao pupilo do Estrela Energia. Para mim, a dupla deve vingar novamente, e a mídia deveria explorar mais a briga entre dois cavalos que podem deixar o país em breve. Como terceira estrela da prova, a craque Smile Jenny, que reapareceu esmagando os machos na Copa ABCPCC Clássica. Não creio que a primeira posição possa escapar deste trio. Dos demais, Time For Fun parece brilhar apenas quando não está na companhia dos melhores, e Rutini terá como desvantagem o fato de correr na frente.
A festa dominical termina com a Taça Cidade Maravilhosa – LR. Pela tradição, quando os cavalos entram para o cânter, as cornetas tocam a introdução da famosa marchinha, o que sempre passa um misto de alegria por ter assistido mais um Brasil, mas uma certa melancolia de fim de festa. Hora de tomar um chopp e contar o dinheiro ganho, ou arriscar um último “tiro” para tentar recuperar o prejuízo. É outro páreo complicado, que costuma fazer a festa dos que gostam de quadrifetas meio aleatórias. No campo deste ano, destaque inegável para Biólogo, acostumado a correr na primeira turma, e não, como no próximo domingo, no páreo “B”.
Na segunda, quem fica assiste uma reunião em que todo cuidado é pouco. Os malandros do jogo pesado precisam recuperar o “tacho”, ou simplesmente aproveitar o desespero dos visitantes, então muita coisa já “sai pronta” das cocheiras. Na parte clássica, a semana se encerra com o Delegações Turfísticas, em 2100 areia. Acredito em um duelo entre o ótimo Mr. Nedawi, bom corredor também no dirt, apesar da preferência gramática que seu pai Nedawi sempre impõe, e Starman, bicampeão do Bento Gonçalves e vencedor da preparatória. O paulista Mr. Nedawi é mais cavalo, mas Starman corre “em casa”.
Uma semana cheia, de emoções fortes. Recomendo muito cuidado com os páreos de turma, principalmente na sexta e na segunda. Afinal, como já comentei várias vezes, a Gávea é cada vez mais uma terra de ninguém, em que “diversidade de performance” é um termo em desuso, provavelmente por ser bondoso demais para os dias atuais.
(este post foi escrito ontem, só não entrou no ar por problemas com a minha senha)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Arbitragens Espertas

O árbitro de futebol mais lembrado do Brasil, Edílson Pereira de Carvalho, ensinou que o juiz que pretende manipular um resultado nunca o faz em lances capitais, pois estes sempre estarão “na vitrine”, sendo discutidos em programas esportivos e lembrados pelos torcedores. É muito mais fácil “matar aos poucos” a equipe que se pretende prejudicar.
O vídeo abaixo anda circulando no You Tube, mostrando alguns lances da final da Copa do Brasil – o jogo do Beira Rio, porque a performance de Éber Roberto Lopes na primeira partida nem precisa mais ser discutida. Não concordo com todos os lances apresentados, e o vídeo está aqui para que cada um tire suas próprias conclusões. Acho importante destacar três pontos:
1 – A falta do Guiñazu sobre Dentinho aos 7´ do primeiro tempo, e o lance seguinte, de Elias sobre Taison, ambos ocorridos na frente do juiz.
2 – O carrinho do Magrão (39´ do segundo), considerado pelo comentarista José Roberto Wright “jogo perigoso”. Comparado aos lances na origem dos gols corintianos (carrinhos frontais sobre Índio e D´Alessandro), no que ele difere?
3 – A reação do Nilmar, jogador reconhecidamente tranqüilo, nos lances dos 25´ do primeiro e 15´ do segundo. Em ambos, dá a impressão que ele sinaliza para o juiz algo como “apita pelo menos uma pra nós”.
É claro que o Corinthians levou o título porque aproveitou erros do Inter, especialmente no Pacaembu. Não dá para culpar a arbitragem pelo resultado final, apenas parece, como dizia o Barão de Itararé, que “há algo mais no ar além dos aviões da Varig”.