Começa hoje a semana máxima do turfe brasileiro. A Gávea pode estar longe dos seus melhores dias, com apostas em queda, prêmios estagnados e páreos de resultado duvidoso, mas o charme do GP Brasil é inegável. Serão dez clássicos, sem contar as Provas Especiais. Como abertura, a segunda parte do Leilão Top Classic, em inédita localização, o Forte de Copacabana.
Nas pistas, teremos hoje dez corridas em pista de areia, incluindo três claimings, fato impensável dez anos atrás, quando as inscrições formavam páreos suficientes para manter o nível mais elevado. Teremos dois clássicos, o Luiz Gurgel do Amaral Valente, em 1200 metros, e o Breno Caldas, na milha. Neste, a curiosidade é saber como se comportará o potro Trapeze, tido como um dos melhores de sua geração, que após fracassar na Taça de Prata, irá enfrentar pela primeira vez os mais velhos, levando grande vantagem de peso. Nos últimos anos, os potros não tem conseguido superar os mais velhos neste clássico, o que me leva a destacar os experientes Blue Elf e Ptgualicho, deixando o potro do Stud Alvarenga como possível surpresa. Para ganhar o Breno Caldas, terá que mostrar que é “máquina”.
Amanhã, três provas de grupo. O Major Suckow reunirá os principais velocistas do país, apesar das ausências de Jaguarão e El Jogo Virtual. Impossível não apontar Requebra como favorita. Atual campeã da prova, ela parou por oito meses e venceu fácil a preparatória. Corre do jeito que o seu jóquei quiser, e me parece a força mais destacada da semana clássica. Última Palavra, a campeã do quilômetro paulista, merece respeito, mas cabe lembrar que os animais de São Paulo geralmente estranham o “cotovelo” dos 1000 metros da Gávea. Contra ela, ainda, a tradicional “marcação” que os jóqueis cariocas fazem nos paulistas. Minha previsão é de dificuldades para a égua do Haras Tango. Outra curiosidade do Suckow é a presença de dois potros que lideraram suas gerações, mas sucumbiram ao aumento de distância e foram trazidos de volta aos páreos de velocidade: Indômito, o líder paulista, e Seu Nicão, o carioca. Acredito mais no primeiro, pois acho que Seu Nicão ganhou “de ninguém”.
O sábado continua com o GP Roberto e Nelson Grimaldi Seabra, o antigo Osaf. Quinze éguas brigarão pela glória máxima, em páreo de difícil prognóstico. Destaco cinco competidoras: Estrela Anki, que tirou a tríplice coroa de Smile Jenny, mas depois fracassou no Osaf paulista; Ursula’s Home, eleita favorita em Cidade Jardim, onde fez terceiro na semana máxima, para depois vencer G3 em 2400; Remember Carina, americana do TNT que vem mostrando evolução; Hope, ganhadora da preparatória carioca; e Spring Love, que venceu o Osaf paulista, reaparecendo com quarto lugar na preparatória. O GP João Adhemar e Nelson de Almeida Prado, um grupo 3 de potrancas, é o clássico seguinte, uma novidade na semana máxima. Páreo difícil, onde a maioria das competidoras atuou poucas vezes. Os melhores retrospectos são Ópera Cômica, que chegou a liderar a geração, e Inchatillon, terceira na Taça de Prata em percurso cheio de “choro no livro”. Como boa zebra, destaco Dear Nati, que vinha de segundo para Ópera Cômica, fracassando depois em páreo duríssimo contra os machos.
O domingo começa o GP José Paulino Nogueira, o grupo 3 dos potros, outra novidade. Igualmente difícil para indicar alguma coisa, pelo mesmo motivo do páreo das potrancas. Taxi Aéreo, quem vem evoluindo sempre e fez ótimo segundo na Taça de Prata, e Oroveso, do iluminado Stud Estrela Energia, são as forças. Oroveso, segundo para Moryba e, posteriormente, para seu companheiro Uncle Tom, mereceu tanta confiança dos seus responsáveis que a parelha foi separada – Uncle Tom irá enfrentar os mais velhos no Presidente da República. A pule mais alta pode ser o paulista Rio Miranda, que vem de bom terceiro para Saberete na preparatória da milha máxima.
Por falar em milha, o GP Presidente da República é justamente o páreo seguinte. Destaca-se Kapo Di Tutti, firme ganhador da milha paulista. O filho de Redattore cada dia corre mais e terá contra si apenas o fato de não conhecer a raia carioca. As diferenças mais lógicas são Colorado Sam, ganhador da preparatória carioca, e o já citado Saberete, da paulista. Já falamos de Uncle Tom, e cabe lembrar que, ao contrário do Clássico Breno Caldas, aqui os potros realmente corredores pregam peças nos mais velhos.
No GP Brasil, mais um capítulo da rivalidade Flymetothemoon x Hot Six, que está empatada em 3x3. No Latinoamericano, o craque do Haras Doce Vale rodou, e Hot Six venceu em forte atropelada. No São Paulo, Flymetothemoon “se mexeu”antes, dominou e resistiu ao pupilo do Estrela Energia. Para mim, a dupla deve vingar novamente, e a mídia deveria explorar mais a briga entre dois cavalos que podem deixar o país em breve. Como terceira estrela da prova, a craque Smile Jenny, que reapareceu esmagando os machos na Copa ABCPCC Clássica. Não creio que a primeira posição possa escapar deste trio. Dos demais, Time For Fun parece brilhar apenas quando não está na companhia dos melhores, e Rutini terá como desvantagem o fato de correr na frente.
A festa dominical termina com a Taça Cidade Maravilhosa – LR. Pela tradição, quando os cavalos entram para o cânter, as cornetas tocam a introdução da famosa marchinha, o que sempre passa um misto de alegria por ter assistido mais um Brasil, mas uma certa melancolia de fim de festa. Hora de tomar um chopp e contar o dinheiro ganho, ou arriscar um último “tiro” para tentar recuperar o prejuízo. É outro páreo complicado, que costuma fazer a festa dos que gostam de quadrifetas meio aleatórias. No campo deste ano, destaque inegável para Biólogo, acostumado a correr na primeira turma, e não, como no próximo domingo, no páreo “B”.
Na segunda, quem fica assiste uma reunião em que todo cuidado é pouco. Os malandros do jogo pesado precisam recuperar o “tacho”, ou simplesmente aproveitar o desespero dos visitantes, então muita coisa já “sai pronta” das cocheiras. Na parte clássica, a semana se encerra com o Delegações Turfísticas, em 2100 areia. Acredito em um duelo entre o ótimo Mr. Nedawi, bom corredor também no dirt, apesar da preferência gramática que seu pai Nedawi sempre impõe, e Starman, bicampeão do Bento Gonçalves e vencedor da preparatória. O paulista Mr. Nedawi é mais cavalo, mas Starman corre “em casa”.
Nas pistas, teremos hoje dez corridas em pista de areia, incluindo três claimings, fato impensável dez anos atrás, quando as inscrições formavam páreos suficientes para manter o nível mais elevado. Teremos dois clássicos, o Luiz Gurgel do Amaral Valente, em 1200 metros, e o Breno Caldas, na milha. Neste, a curiosidade é saber como se comportará o potro Trapeze, tido como um dos melhores de sua geração, que após fracassar na Taça de Prata, irá enfrentar pela primeira vez os mais velhos, levando grande vantagem de peso. Nos últimos anos, os potros não tem conseguido superar os mais velhos neste clássico, o que me leva a destacar os experientes Blue Elf e Ptgualicho, deixando o potro do Stud Alvarenga como possível surpresa. Para ganhar o Breno Caldas, terá que mostrar que é “máquina”.
Amanhã, três provas de grupo. O Major Suckow reunirá os principais velocistas do país, apesar das ausências de Jaguarão e El Jogo Virtual. Impossível não apontar Requebra como favorita. Atual campeã da prova, ela parou por oito meses e venceu fácil a preparatória. Corre do jeito que o seu jóquei quiser, e me parece a força mais destacada da semana clássica. Última Palavra, a campeã do quilômetro paulista, merece respeito, mas cabe lembrar que os animais de São Paulo geralmente estranham o “cotovelo” dos 1000 metros da Gávea. Contra ela, ainda, a tradicional “marcação” que os jóqueis cariocas fazem nos paulistas. Minha previsão é de dificuldades para a égua do Haras Tango. Outra curiosidade do Suckow é a presença de dois potros que lideraram suas gerações, mas sucumbiram ao aumento de distância e foram trazidos de volta aos páreos de velocidade: Indômito, o líder paulista, e Seu Nicão, o carioca. Acredito mais no primeiro, pois acho que Seu Nicão ganhou “de ninguém”.
O sábado continua com o GP Roberto e Nelson Grimaldi Seabra, o antigo Osaf. Quinze éguas brigarão pela glória máxima, em páreo de difícil prognóstico. Destaco cinco competidoras: Estrela Anki, que tirou a tríplice coroa de Smile Jenny, mas depois fracassou no Osaf paulista; Ursula’s Home, eleita favorita em Cidade Jardim, onde fez terceiro na semana máxima, para depois vencer G3 em 2400; Remember Carina, americana do TNT que vem mostrando evolução; Hope, ganhadora da preparatória carioca; e Spring Love, que venceu o Osaf paulista, reaparecendo com quarto lugar na preparatória. O GP João Adhemar e Nelson de Almeida Prado, um grupo 3 de potrancas, é o clássico seguinte, uma novidade na semana máxima. Páreo difícil, onde a maioria das competidoras atuou poucas vezes. Os melhores retrospectos são Ópera Cômica, que chegou a liderar a geração, e Inchatillon, terceira na Taça de Prata em percurso cheio de “choro no livro”. Como boa zebra, destaco Dear Nati, que vinha de segundo para Ópera Cômica, fracassando depois em páreo duríssimo contra os machos.
O domingo começa o GP José Paulino Nogueira, o grupo 3 dos potros, outra novidade. Igualmente difícil para indicar alguma coisa, pelo mesmo motivo do páreo das potrancas. Taxi Aéreo, quem vem evoluindo sempre e fez ótimo segundo na Taça de Prata, e Oroveso, do iluminado Stud Estrela Energia, são as forças. Oroveso, segundo para Moryba e, posteriormente, para seu companheiro Uncle Tom, mereceu tanta confiança dos seus responsáveis que a parelha foi separada – Uncle Tom irá enfrentar os mais velhos no Presidente da República. A pule mais alta pode ser o paulista Rio Miranda, que vem de bom terceiro para Saberete na preparatória da milha máxima.
Por falar em milha, o GP Presidente da República é justamente o páreo seguinte. Destaca-se Kapo Di Tutti, firme ganhador da milha paulista. O filho de Redattore cada dia corre mais e terá contra si apenas o fato de não conhecer a raia carioca. As diferenças mais lógicas são Colorado Sam, ganhador da preparatória carioca, e o já citado Saberete, da paulista. Já falamos de Uncle Tom, e cabe lembrar que, ao contrário do Clássico Breno Caldas, aqui os potros realmente corredores pregam peças nos mais velhos.
No GP Brasil, mais um capítulo da rivalidade Flymetothemoon x Hot Six, que está empatada em 3x3. No Latinoamericano, o craque do Haras Doce Vale rodou, e Hot Six venceu em forte atropelada. No São Paulo, Flymetothemoon “se mexeu”antes, dominou e resistiu ao pupilo do Estrela Energia. Para mim, a dupla deve vingar novamente, e a mídia deveria explorar mais a briga entre dois cavalos que podem deixar o país em breve. Como terceira estrela da prova, a craque Smile Jenny, que reapareceu esmagando os machos na Copa ABCPCC Clássica. Não creio que a primeira posição possa escapar deste trio. Dos demais, Time For Fun parece brilhar apenas quando não está na companhia dos melhores, e Rutini terá como desvantagem o fato de correr na frente.
A festa dominical termina com a Taça Cidade Maravilhosa – LR. Pela tradição, quando os cavalos entram para o cânter, as cornetas tocam a introdução da famosa marchinha, o que sempre passa um misto de alegria por ter assistido mais um Brasil, mas uma certa melancolia de fim de festa. Hora de tomar um chopp e contar o dinheiro ganho, ou arriscar um último “tiro” para tentar recuperar o prejuízo. É outro páreo complicado, que costuma fazer a festa dos que gostam de quadrifetas meio aleatórias. No campo deste ano, destaque inegável para Biólogo, acostumado a correr na primeira turma, e não, como no próximo domingo, no páreo “B”.
Na segunda, quem fica assiste uma reunião em que todo cuidado é pouco. Os malandros do jogo pesado precisam recuperar o “tacho”, ou simplesmente aproveitar o desespero dos visitantes, então muita coisa já “sai pronta” das cocheiras. Na parte clássica, a semana se encerra com o Delegações Turfísticas, em 2100 areia. Acredito em um duelo entre o ótimo Mr. Nedawi, bom corredor também no dirt, apesar da preferência gramática que seu pai Nedawi sempre impõe, e Starman, bicampeão do Bento Gonçalves e vencedor da preparatória. O paulista Mr. Nedawi é mais cavalo, mas Starman corre “em casa”.
Uma semana cheia, de emoções fortes. Recomendo muito cuidado com os páreos de turma, principalmente na sexta e na segunda. Afinal, como já comentei várias vezes, a Gávea é cada vez mais uma terra de ninguém, em que “diversidade de performance” é um termo em desuso, provavelmente por ser bondoso demais para os dias atuais.
(este post foi escrito ontem, só não entrou no ar por problemas com a minha senha)
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