Mais uma bela festa nas arábias, com a 14ª edição da Dubai World Cup e mais cinco grandes prêmios que pretendem reunir a nata do turfe mundial. Este ano, não foi bem assim, pois os campos das seis provas saíram um pouco mais fracos que nos anos anteriores, especialmente o páreo principal, que não conseguiu atrair nenhuma estrela realmente de primeira linha na raia e distância (2000 metros – areia) preferida dos americanos. Pode-se dizer que não havia um grande astro nesta World Cup simplesmente porque este astro não existe nos Estados Unidos, pelo menos entre os cavalos de 4 anos e mais idade, já que os de 3 anos estão focados no Kentucky Derby, mas, de qualquer forma, pareceu ter sido a mais fraca versão do GP mais rico do mundo.
O festival começou com dobradinha do Sheik Maktoum na Godolphin Mile (1600 metros, prova de Grupo 2). Firme vitória de ponta a ponta do favorito Two Step Salsa, com seu parceiro Gayego atropelando no final para formar a dupla. Em terceiro, afastado, o chileno Don Renato, que pouco vinha mostrando em Dubai até então.
No UAE Derby, também de Grupo 2, nova dobradinha da Godolphin, mas desta vez com sabor amargo. Regal Ransom também triunfou de ponta a ponta, derrotando por meio corpo Desert Party, favoritão escolhido pelo jóquei oficial do sheik Lamfranco Dettori. O argentino Soy Libriano, de boa campanha em Maronãs, foi terceiro sem ameaçar. Mesmo fazendo ponta e dupla, o sheik deve ter saído decepcionado com a performance de Desert Party, de quem se esperava uma vitória arrasadora que lhe desse status de pretendente real ao Kentucky Derby. Perdendo em Dubai, ele pode nem sequer chegar a correr a principal prova da geração nos states.
Na Dubai Golden Shaheen, o páreo de velocidade, Big City Man mostrou valentia para resistir ao ataque final da favorita Indian Blessing, a melhor velocista fêmea dos Estados Unidos. Corrida como barbada por Edgar Prado, Indian Blessing dava a impressão que passaria por cima do ponteiro, mas acabou “batendo na trave”. Diabolical, da Godolphin, completou a trifeta.
A Dubai Duty Free foi o único dos páreos do festival que não consegui assistir. Foi mais uma corrida vencida de ponta a ponta, desta vez por Gladiatorus, conduzido por Ahmed Ajtebi, o primeiro jóquei nascido em Dubai a conseguir projeção no turfe mundial. O inglês Presvis, mesmo largando pela baliza 16, formou a dupla, com Alexandros, da Godolphin, na trifeta. Decepcionou a japonesa Vodka, que cansou ao tentar seguir o ganhador.
A Dubai Sheema Classic, em 2400 grama, sempre foi um reduto europeu. Em 2009, parecia que o irlandês Youmzain, vice-campeão do Arco do Triunfo, e o francês Doctor Dino, sobravam na turma. Antes do páreo, o Tinho Kessler (www.tkos.blogspot.com) me alertou para a corrida desfavorável que Youmzain teria, precisando atropelar em uma reta mais curta do que está acostumado, dirigido pelo pouco categorizado Richard Hills. Sabias palavras: Hills fez percurso péssimo, mantendo Youmzain em último colado à cerca, o que obviamente resultou em ficar sem passagem em boa parte da reta. Quando esta apareceu, o favorito conseguiu chegar a tempo de ficar apenas com o quarto lugar, a dois corpos dos três cavalos que decidiram o páreo no fotochart – venceu Eastern Anthem, outro irlandês, na segunda vitória seguida de Ajtebi. Purple Moon e Spanish Moon chegaram a seguir, agarrados no ganhador. Doctor Dino decepcionou por completo.
Na World Cup, os holofotes estavam voltados para Albertus Maximus, ganhador da Breeders Cup Dirt Mile, sob o qual pairava, no entanto, a dúvida em relação a sua capacidade de chegar bem aos 2000 metros. Falhando o favorito, surgiam o ídolo japonês (embora americano de nascimento) Casino Drive e o cavalo “da casa” My Indy como opções. Em carreira, entretanto, o que se viu foi bem diferente.
O americano Well Armed, terceiro na World Cup passada, mas que vinha correndo pouco na Califórnia, largou e acabou, vencendo por vários corpos, sem tomar conhecimento dos adversários. My Indy, após correr boa parte do percurso em segundo, perdeu as pernas na metade da reta. Albertus Maximus, que corria em quarto algo contrariado pelo seu jóquei Alan Garcia, morreu totalmente, chegando descolocado. Casino Drive não foi visto em nenhum momento. A dupla (e um prêmio de U$ 1,5 milhões) de coube então, surpreendentemente, ao brasileiro Glória de Campeão, que participou ativamente em todo o percurso, figurando sempre em terceiro junto aos paus. Na reta, enquanto os outros iam ficando pelo caminho, o brasileiro manteve o ritmo, sem ameaçar jamais o ganhador, mas também sem chance de perder o segundo lugar.
Ainda não consegui descobrir se Well Armed venceu pela maior diferença da história da Dubai World Cup. No vídeo abaixo, fica o desafio de tentar contar por quantos corpos ele ganhou.
O festival começou com dobradinha do Sheik Maktoum na Godolphin Mile (1600 metros, prova de Grupo 2). Firme vitória de ponta a ponta do favorito Two Step Salsa, com seu parceiro Gayego atropelando no final para formar a dupla. Em terceiro, afastado, o chileno Don Renato, que pouco vinha mostrando em Dubai até então.
No UAE Derby, também de Grupo 2, nova dobradinha da Godolphin, mas desta vez com sabor amargo. Regal Ransom também triunfou de ponta a ponta, derrotando por meio corpo Desert Party, favoritão escolhido pelo jóquei oficial do sheik Lamfranco Dettori. O argentino Soy Libriano, de boa campanha em Maronãs, foi terceiro sem ameaçar. Mesmo fazendo ponta e dupla, o sheik deve ter saído decepcionado com a performance de Desert Party, de quem se esperava uma vitória arrasadora que lhe desse status de pretendente real ao Kentucky Derby. Perdendo em Dubai, ele pode nem sequer chegar a correr a principal prova da geração nos states.
Na Dubai Golden Shaheen, o páreo de velocidade, Big City Man mostrou valentia para resistir ao ataque final da favorita Indian Blessing, a melhor velocista fêmea dos Estados Unidos. Corrida como barbada por Edgar Prado, Indian Blessing dava a impressão que passaria por cima do ponteiro, mas acabou “batendo na trave”. Diabolical, da Godolphin, completou a trifeta.
A Dubai Duty Free foi o único dos páreos do festival que não consegui assistir. Foi mais uma corrida vencida de ponta a ponta, desta vez por Gladiatorus, conduzido por Ahmed Ajtebi, o primeiro jóquei nascido em Dubai a conseguir projeção no turfe mundial. O inglês Presvis, mesmo largando pela baliza 16, formou a dupla, com Alexandros, da Godolphin, na trifeta. Decepcionou a japonesa Vodka, que cansou ao tentar seguir o ganhador.
A Dubai Sheema Classic, em 2400 grama, sempre foi um reduto europeu. Em 2009, parecia que o irlandês Youmzain, vice-campeão do Arco do Triunfo, e o francês Doctor Dino, sobravam na turma. Antes do páreo, o Tinho Kessler (www.tkos.blogspot.com) me alertou para a corrida desfavorável que Youmzain teria, precisando atropelar em uma reta mais curta do que está acostumado, dirigido pelo pouco categorizado Richard Hills. Sabias palavras: Hills fez percurso péssimo, mantendo Youmzain em último colado à cerca, o que obviamente resultou em ficar sem passagem em boa parte da reta. Quando esta apareceu, o favorito conseguiu chegar a tempo de ficar apenas com o quarto lugar, a dois corpos dos três cavalos que decidiram o páreo no fotochart – venceu Eastern Anthem, outro irlandês, na segunda vitória seguida de Ajtebi. Purple Moon e Spanish Moon chegaram a seguir, agarrados no ganhador. Doctor Dino decepcionou por completo.
Na World Cup, os holofotes estavam voltados para Albertus Maximus, ganhador da Breeders Cup Dirt Mile, sob o qual pairava, no entanto, a dúvida em relação a sua capacidade de chegar bem aos 2000 metros. Falhando o favorito, surgiam o ídolo japonês (embora americano de nascimento) Casino Drive e o cavalo “da casa” My Indy como opções. Em carreira, entretanto, o que se viu foi bem diferente.
O americano Well Armed, terceiro na World Cup passada, mas que vinha correndo pouco na Califórnia, largou e acabou, vencendo por vários corpos, sem tomar conhecimento dos adversários. My Indy, após correr boa parte do percurso em segundo, perdeu as pernas na metade da reta. Albertus Maximus, que corria em quarto algo contrariado pelo seu jóquei Alan Garcia, morreu totalmente, chegando descolocado. Casino Drive não foi visto em nenhum momento. A dupla (e um prêmio de U$ 1,5 milhões) de coube então, surpreendentemente, ao brasileiro Glória de Campeão, que participou ativamente em todo o percurso, figurando sempre em terceiro junto aos paus. Na reta, enquanto os outros iam ficando pelo caminho, o brasileiro manteve o ritmo, sem ameaçar jamais o ganhador, mas também sem chance de perder o segundo lugar.
Ainda não consegui descobrir se Well Armed venceu pela maior diferença da história da Dubai World Cup. No vídeo abaixo, fica o desafio de tentar contar por quantos corpos ele ganhou.