Foi, sem dúvida, uma final diferente. Pouquíssimas vezes, o Japão assistiu uma decisão de Mundial Inter-Clubes com tantos gols, consagrando o campeão de forma tão absoluta. Apenas Flamengo, em 81, e o próprio Milan, em 90, haviam vencido com placares elásticos – ambos, por 3x0. Com os 4x2 de hoje, o Milan derrotou inapelavelmente o Boca Juniors, tornando-se o primeiro tetra campeão mundial.
Ao contrário do que se esperava, não foi uma final de forte marcação. Houve, sim, um posicionamento defensivo das duas equipes no primeiro tempo, com sete jogadores do meio para trás, e jogadas de ataque construídas sempre por poucos jogadores. Milan e Boca nunca atacavam com mais de cinco jogadores ao mesmo tempo. O Milan abriu o placar num contra-ataque de dois jogadores contra quatro defensores argentinos. Kaká, após bater prensado na zaga, achou Inzaghi livre na cara do gol para fazer 1x0. Menos de dois minutos depois, o Boca cobrou rápido um escanteio, e Morel Rodrigues cruzou para Palacio cabecear sozinho e empatar. No gol de empate do Boca, só dois jogadores argentinos estavam na grande área, superando sete defensores distraídos do Milan.
Se já havia espaços no primeiro tempo, o segundo do Milan, marcado por Nesta aos 4 do segundo tempo, tratou de aumenta-los. Perdendo, o Boca se lançou ao ataque, avançando os laterais, principalmente o Ibarra. Com liberdade para armar os contra-ataques, Kaká deitou e rolou, e o Milan aumentou para 4x1. O Boca ainda descontou no final, mas saiu de Yokohama com um duro castigo nas costas. De positivo, os argentinos tiveram uma grande atuação de Palacio, que lutou sozinho para tentar resolver os problemas ofensivos do time, e a postura de torcida, que não parou de cantar nem com a goleada já consolidada. Faltou para o Boca mais marcação, e, sem dúvida, faltou o Riquelme. Neri Cardozo, encarregado da articulação, esteve apagadíssimo.
O novo campeão Milan foi um time objetivo, que teve um Seedorf voltando a jogar bem. Nesta final, teve também a estrela de Inzaghi, mais oportunista e efetivo que Gilardino. E, claro, teve Kaká jogando muito, sendo tão decisivo quanto se esperava.Um último parêntesis: impossível não comentar a alma de retranqueiro do treinador Carlo Ancelotti, que ganhava o jogo por 4x1, ainda tinha onze jogadores em campo (Kaladze ainda não tinha sido expulso), e substituiu o seu único atacante – Inzaghi – pelo Cafu. Ganhou, é campeão do mundo, mas merece uma cornetada.
Ao contrário do que se esperava, não foi uma final de forte marcação. Houve, sim, um posicionamento defensivo das duas equipes no primeiro tempo, com sete jogadores do meio para trás, e jogadas de ataque construídas sempre por poucos jogadores. Milan e Boca nunca atacavam com mais de cinco jogadores ao mesmo tempo. O Milan abriu o placar num contra-ataque de dois jogadores contra quatro defensores argentinos. Kaká, após bater prensado na zaga, achou Inzaghi livre na cara do gol para fazer 1x0. Menos de dois minutos depois, o Boca cobrou rápido um escanteio, e Morel Rodrigues cruzou para Palacio cabecear sozinho e empatar. No gol de empate do Boca, só dois jogadores argentinos estavam na grande área, superando sete defensores distraídos do Milan.
Se já havia espaços no primeiro tempo, o segundo do Milan, marcado por Nesta aos 4 do segundo tempo, tratou de aumenta-los. Perdendo, o Boca se lançou ao ataque, avançando os laterais, principalmente o Ibarra. Com liberdade para armar os contra-ataques, Kaká deitou e rolou, e o Milan aumentou para 4x1. O Boca ainda descontou no final, mas saiu de Yokohama com um duro castigo nas costas. De positivo, os argentinos tiveram uma grande atuação de Palacio, que lutou sozinho para tentar resolver os problemas ofensivos do time, e a postura de torcida, que não parou de cantar nem com a goleada já consolidada. Faltou para o Boca mais marcação, e, sem dúvida, faltou o Riquelme. Neri Cardozo, encarregado da articulação, esteve apagadíssimo.
O novo campeão Milan foi um time objetivo, que teve um Seedorf voltando a jogar bem. Nesta final, teve também a estrela de Inzaghi, mais oportunista e efetivo que Gilardino. E, claro, teve Kaká jogando muito, sendo tão decisivo quanto se esperava.Um último parêntesis: impossível não comentar a alma de retranqueiro do treinador Carlo Ancelotti, que ganhava o jogo por 4x1, ainda tinha onze jogadores em campo (Kaladze ainda não tinha sido expulso), e substituiu o seu único atacante – Inzaghi – pelo Cafu. Ganhou, é campeão do mundo, mas merece uma cornetada.