Aconteceu o que parecia impossível: o Flamengo está na Libertadores, e com uma rodada de antecedência. Aproveitando o adiamento de alguns jogos por causa do Pan, o Fla reforçou o elenco e cresceu na reta final, saindo de um aproveitamento de 33% com Ney Franco para 65% na nova fase. Ressuscitou, com isso, a carreira do Joel Santana, que cada vez mais era visto como figura folclórica e de poucos resultados. O Santos também assegurou a sua vaga matematicamente, virando um jogo que perdia até os 26 do segundo tempo, e sepultando qualquer esperança do Paraná. Palmeiras, Cruzeiro e Grêmio vão com chances para a última rodada. O alviverde depende de uma vitória simples contra o Atlético Mineiro em casa, que jogará para alimentar a esperança do arqui-rival. Se o Galo não perder, abre a possibilidade do Cruzeiro, vencendo o América de Natal, recuperar a vaga que pareceu garantida durante quase todo o campeonato. Para o Grêmio, só um milagre ajuda...O Grêmio, aliás, abre o grupo da choradeira, integrado ainda por Inter e Botafogo. Todos estes terminarão o campeonato lamentando “aquele” jogo ou grupo de jogos. Os gremistas lembrarão da derrota em casa para o Figueirense, e da pífia campanha como visitante. Os colorados, a montagem do grupo durante o campeonato, e os empates cedidos a Náutico, Atlético-MG e Corinthians nos momentos finais das partidas. E os botafoguenses vão sofrer com as memórias de todo o processo iniciado pela desclassificação da Sul-Americana – saída e retorno do Cuca, três derrotas consecutivas, etc. Para os três, vai ficar a sensação de que a vaga na Libertadores foi “jogada fora” – até o Flamengo chegou lá!
Agora, é esperar o complemento da rodada amanhã, que deve confirmar a polarização da disputa para não cair entre Goiás e Corinthians – não acredito que a definição matemática ocorra por antecipação. Até lá, o momento crucial desta luta terá sido o pênalti perdido pelo Paulo Baier.
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