domingo, 13 de setembro de 2009

Polla de Potrillos


Semana passada, estive na terra dos hermanos, mas não para ver o jogo da seleção da CBF - me permito não chamar de brasileira uma equipe feita para negociatas. Fui a Palermo ver a Polla de Potrillos, primeira prova da tríplice coroa argentina.
Muito havia escutado sobre Palermo, que é um hipódromo bonito e bem cuidado, mas não é a oitava maravilha das Américas, como se fala. Dizem que há mais 5.000 slot machines (traga-monedas, como eles chamam) ajudando no faturamento, mas não vi o movimento que se comenta. Filas de espera de dez pessoas nas maquininhas? Nunca.
Cheguei por lá no páreo anterior da atração máxima. Três anos sem vitória, com alguns estreantes comentados na revistinha que comprei – uma das três disponíveis. Na minha análise, o favorito Lazy Storm, que havia beliscado em todas as suas cinco atuações anteriores, era a força, e pagava 2,60. Comentava-se muito o estreante Forty Croo, mas o rateio não era de barbada – 8,50, e com poucas pules de placê. Joguei firme no favorito, e a pedra começou a me dar tranqüilidade, mostrando um jogo cada vez mais forte na minha escolha – ganhou fácil, pagando 1,90.
Na Polla, estudei bastante, e cheguei a conclusão que a vitória não poderia fugir de três potros. Obviamente, muita chance para o favorito - 1,50 - Quartien Latin, facílimo ganhador nas suas duas apresentações, a última, um grupo 2, preparatório da Polla. Além dele, escolhi Don Valiente, que havia perdido na estréia para Call Wells (igualmente inscrito aqui), para depois vencer por 14 corpos em 93´59, tempo muito melhor do que o favorito havia marcado. Não havia como deixar de respeitar San Livinus, ganhador da Carrera de Las Estrellas Juvenille e segundo nas 2000 Guineas, duas provas de grupo, mas na grama, em San Isidro. Para mim, a evolução de Don Valiente prevaleceria. Ainda mais que ele era o mais bonito no galope de apresentação.
Após o cânter, percebi que os meus três escolhidos eram do mesmo treinador, e que Pablo Falero, o líder das estatísticas de jóqueis, montaria San Livinus, cujo trabalho na areia ele havia gostado (segundo a revista). Mudei meu jogo, optando pela dupla Quartien Latin-San Livinus. Havia avisado meus amigos que jogaria em Don Valiente, mas mudei.
Na carreira, o favorito Quartier Latin, ao contrário das anteriores, já tomou a ponta nos 1300 e virou a reta liderando. Já se percebia, no entanto, o avanço de Don Valiente. A partir dos 400 finais, a briga foi entre os dois, com Don Valiente prevalecendo nos últimos 100 metros. Após o páreo, a arquibancada se dividiu em gritos de comemoração do tipo “esse era barbada” e recriminações ao jóquei Rodrigo Blanco pela condução precipitada do favorito.

Resumindo, poderia ter saído de Palermo com 100% de aproveitamento, mas acabei estudando demais e errando o páreo principal.

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