quinta-feira, 1 de julho de 2010

Hora da Verdade

Chegou a hora da verdade para Dunga. Se ganhar amanhã, embala rumo ao título – não que seja garantido que vai levar, mas ganha moral para chegar como força em uma final.
Se perder, a grande maioria dos jornalistas e torcedores vai descer o pau, lembrar da ausência do Ganso, do Neymar, do Ronaldinho Gaúcho, periga lembrarem até do Ronalducho...
Vai ser um jogo duro. Em 94, tínhamos o jogo na mão, sofremos o empate em duas indecisões do Taffarel, e o Branco tirou um coelho da cartola. Em 98, quem tem alguma memória deve lembrar do horror que foi o primeiro tempo, com os holandeses sempre com a bola no pé – naquele tempo não havia estatística de posse de bola – e o Brasil dentro da sua intermediária até fazer o gol no início do segundo tempo. Depois, o empate deles no finalzinho, a prorrogação com chances incríveis de lado a lado e o Taffarel defendendo os pênaltis – grande vitória, grandes atuações individuais do Ronaldo e do Rivaldo. Apostei forte que a Copa não terá um campeão inédito, e uma vitória do Brasil praticamente decide a minha aposta amanhã.
Acredito na vitória, e acho que a grande questão tática será como marcar Robben, e não vai ser o Michel Bastos que vai conseguir. Grudar alguém no Sneijder até não é tão difícil, o problema é equacionar o lado esquerdo da nossa defesa. Por outro lado (literalmente), o Brasil tem mais força ofensiva pela direita, com Maicon, Elano (até então, pois agora vai ser Daniel Alves amanhã, e talvez Ramires no fim) e ajuda do Robinho. Parece, observando de véspera, que é mais natural e tranqüila a marcação da Holanda sobre o Brasil do que ao contrário. Então, Dunga vai ter que mostrar que é mais do que um aglutinador do grupo. É a hora da verdade.

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