
Muito tem sido falado sobre a participação dos cavalos brasileiros em Dubai. Dono Da Raia, vencedor de forma esmagadora dos GPs São Paulo e Brasil, agora é chamado de matungo – e alguns começam a dizer que ele sempre foi. Happy Boy, que ganhou de galope mês passado, já está sendo comentado como se fosse um dos maiores craques da história do turfe brasileiro – tanto que foi vendido por um milhão e meio de dólares (valor ainda não confirmado oficialmente).
A verdade é os brasileiros (cavalos, proprietários e treinadores que estão baseados aqui, no Brasil) especializaram-se em chegar cedo em Dubai, ganhar bem, e cobrarem um preço que os sheiks pagam sem reclamar – Heart Alone, dizem, foi vendido por um milhão de dólares porque uma das princesas achou-o lindo. Na segunda atuação, já com a farda dos seus novos proprietários, os cavalos brasileiros “viram o fio” e não correm mais nada. Isto é fato, ainda não há nenhum cavalo brasileiro, saído direto do Brasil, que tenha estreado em Dubai impressionando, tenha sido vendido, e tenha repetido a atuação no mesmo Carnival (o festival que dura menos de três meses). O único brasileiro a ganhar duas no mesmo Carnival foi Punch Punch, que passou por uma aclimatação prévia na França.
Exemplos não faltam: o já citado Heart Alone estreou arranhando o recorde, e nunca mais levantou as patas. Sushi Bar, recordista na grama em Cidade Jardim, ganhou bem na areia de Dubai – e nunca mais foi visto. Há outros exemplos: Attilius, Nelore Porá, Imperialista, Impossible Ski...Todos que foram vendidos por grande somas não apareceram mais.
Mas há os baratinhos: New Freedom (na foto), que eu vi, pessoalmente, correr em Ponta Grossa, em setembro de 2006, foi para Dubai para o Carnival de 2007, e seu proprietário, o Haras Belmont, desmotivado pelas atuações do pupilo, não quis nem traze-lo de volta. Vendeu-o pelo preço da passagem de volta (20 mil dólares), com muito esforço. Ganhou há poucos dias, derrotando Sarissa, égua recordista na Gávea, tida como craque. Sexy Lady, vendida por 70 mil reais e agora renomeada Classy-Lady, estreou com bom terceiro, derrotando Olympic City (6º), ganhadora clássica em Cidade Jardim, e também vendida por alta soma. Então porque os caros perdem e os baratos ganham?
Na sexta, eu estava escrevendo este post, e já tinha minha teoria pronta. Aí, fiquei com preguiça de revisar e deixei para postar depois. Nesse meio-tempo, o treinador A. L. Cintra, o Tolú, escreveu direto de Dubai para o site Raia Leve, e deu uma extensa explicação técnica - está no: http://www.raialeve.com.br/conteudo/index.php?cod_cont=16463&&mes=02&&ano=2008&&cod_secao=4. Como é muito parecida com o que eu estava escrevendo, não vou correr o risco de ser acusado de plágio. Acho que faltou apenas ele destacar mais a questão da aclimatação. Cavalos que saem do Cristal ou Tarumã para correr na Gávea, sempre rendem menos na estréia, melhorando na seqüência. Para correr em Dubai, os treinadores brasileiros desenvolveram um método que consiste, basicamente, em trabalhar os cavalos “a pau” no Brasil nas vésperas do embarque, chegar lá e inscrever logo. Alguns vão agüentar, correr bem, e só sentir a mudança de hemisfério na segunda carreira – com o agravante do fortalecimento das turmas ao longo do Carnival. Aí, azar é do Sheik que os comprou, pagando caro ou barato.O Tolú tem um modus operandi semelhante ao do treinador de cancha reta que prepara dez potros para a mesma penca, passando o pau em todos para inscrever aqueles que não mancarem e mostrarem as melhores marcas. Leva 20 cavalos para Dubai, vai ganhar com 2 ou 3, que ficarão na história, e azar dos proprietários dos outros 17 que não agüentaram a preparação e viagem.
A verdade é os brasileiros (cavalos, proprietários e treinadores que estão baseados aqui, no Brasil) especializaram-se em chegar cedo em Dubai, ganhar bem, e cobrarem um preço que os sheiks pagam sem reclamar – Heart Alone, dizem, foi vendido por um milhão de dólares porque uma das princesas achou-o lindo. Na segunda atuação, já com a farda dos seus novos proprietários, os cavalos brasileiros “viram o fio” e não correm mais nada. Isto é fato, ainda não há nenhum cavalo brasileiro, saído direto do Brasil, que tenha estreado em Dubai impressionando, tenha sido vendido, e tenha repetido a atuação no mesmo Carnival (o festival que dura menos de três meses). O único brasileiro a ganhar duas no mesmo Carnival foi Punch Punch, que passou por uma aclimatação prévia na França.
Exemplos não faltam: o já citado Heart Alone estreou arranhando o recorde, e nunca mais levantou as patas. Sushi Bar, recordista na grama em Cidade Jardim, ganhou bem na areia de Dubai – e nunca mais foi visto. Há outros exemplos: Attilius, Nelore Porá, Imperialista, Impossible Ski...Todos que foram vendidos por grande somas não apareceram mais.
Mas há os baratinhos: New Freedom (na foto), que eu vi, pessoalmente, correr em Ponta Grossa, em setembro de 2006, foi para Dubai para o Carnival de 2007, e seu proprietário, o Haras Belmont, desmotivado pelas atuações do pupilo, não quis nem traze-lo de volta. Vendeu-o pelo preço da passagem de volta (20 mil dólares), com muito esforço. Ganhou há poucos dias, derrotando Sarissa, égua recordista na Gávea, tida como craque. Sexy Lady, vendida por 70 mil reais e agora renomeada Classy-Lady, estreou com bom terceiro, derrotando Olympic City (6º), ganhadora clássica em Cidade Jardim, e também vendida por alta soma. Então porque os caros perdem e os baratos ganham?
Na sexta, eu estava escrevendo este post, e já tinha minha teoria pronta. Aí, fiquei com preguiça de revisar e deixei para postar depois. Nesse meio-tempo, o treinador A. L. Cintra, o Tolú, escreveu direto de Dubai para o site Raia Leve, e deu uma extensa explicação técnica - está no: http://www.raialeve.com.br/conteudo/index.php?cod_cont=16463&&mes=02&&ano=2008&&cod_secao=4. Como é muito parecida com o que eu estava escrevendo, não vou correr o risco de ser acusado de plágio. Acho que faltou apenas ele destacar mais a questão da aclimatação. Cavalos que saem do Cristal ou Tarumã para correr na Gávea, sempre rendem menos na estréia, melhorando na seqüência. Para correr em Dubai, os treinadores brasileiros desenvolveram um método que consiste, basicamente, em trabalhar os cavalos “a pau” no Brasil nas vésperas do embarque, chegar lá e inscrever logo. Alguns vão agüentar, correr bem, e só sentir a mudança de hemisfério na segunda carreira – com o agravante do fortalecimento das turmas ao longo do Carnival. Aí, azar é do Sheik que os comprou, pagando caro ou barato.O Tolú tem um modus operandi semelhante ao do treinador de cancha reta que prepara dez potros para a mesma penca, passando o pau em todos para inscrever aqueles que não mancarem e mostrarem as melhores marcas. Leva 20 cavalos para Dubai, vai ganhar com 2 ou 3, que ficarão na história, e azar dos proprietários dos outros 17 que não agüentaram a preparação e viagem.
Um comentário:
o cavalo Nelore Pora morreu por isso nao teve mais nenhuma apresentaçao, morreu em 19/10/07 com uma forte colica. La mesmo em Dubai.
No qual eu fui grande fã.
Alessandro - Cascavel - PR
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