
No dia 19 de fevereiro, dois dias após Joe Bravo ganhar fácil a primeira prova da Tríplice Coroa da Gávea, anunciei que os cariocas poderiam ter tríplices coroados entre os machos e as fêmeas – Rubia Del Rio havia vencido a primeira prova feminina. Hoje, um mês depois, o desfecho da história é triste, coerente com o momento do turfe no Brasil.
A Gávea, nos últimos anos, tem sido a terra da “bruxaria”. Diversidades de performance - para quem não sabe, termo utilizado quando um cavalo alterna inexplicavelmente ótimas e péssimas atuações em páreos semelhantes – casos de doping, julgamentos incoerentes da comissão de corridas, tudo isto tem sido comum por lá. Sem falar no famoso Stud, o maior da Gávea em número de animais, que corre três ou quatro cavalos em páreo de seis competidores, já que utiliza um Stud “laranja” – e os cavalos mudam do Stud A para o B a cada semana, não precisa dizer que cada dia ganha um diferente...
A segunda prova da Tríplice Coroa, versão machos e fêmeas – respectivamente GP Francisco Eduardo de Paula Machado e GP Diana – acabou sendo a “cereja do bolo”, ou as cerejas, já que proporcionou dois momentos inesquecíveis, no pior sentido possível. No páreo das fêmeas (a foto é da chegada, com Right Idea vencendo), a favorita, invicta na grama e recordista dos 1.400 metros, Rubia Del Rio, ao iniciar a sua atropelada em busca de mais uma vitória, sofreu grave fratura no curvilhão direito, dando infeliz razão aos que reclamam do péssimo estado da pista de grama carioca. Não tenho a mesma certeza de muitos, que Rubia Del Rio (a número 1 da foto) tinha ação de ganhadora, mas isto é que menos importa. O fato é que a craque está inutilizada para as corridas, e a decisão de não mais fechar a pista de grama duas vezes por ano (acontecia durante os quinze dias anteriores ao GP Brasil, e por 45 dias no início do verão) para reformas vai tornando os acidentes cada vez mais comuns – um dos melhores potros da mesma geração, Do Canadá, também já havia encerrado campanha depois de “mancar” em outubro passado.
No páreo dos machos, a Comissão de Corridas mais imprevisível do Brasil tomou uma decisão inédita na Gávea: transferir uma prova de Grupo 1, que poderia encaminhar a tríplice coroa de Joe Bravo, para a pista de areia, em função das chuvas. Cabe, é claro, o parêntesis que isto ocorre em muitos hipódromos do mundo. Em Cidade Jardim, várias provas de Grupo 1 mudaram de pista, mas sempre dentro de um padrão pré-estabelecido. Na história do hipódromo carioca, não existe registro de tal transferência. A Comissão, ao constatar a medida do penetrômetro (aparelho que mede a quantidade de água na pista) em 120, decidiu pela transferência. Em novembro passado, com a mesma medição, decidiu manter duas provas de Grupo 2 na grama – vai entender...
O fato é que Joe Bravo acabou sendo retirado, já que rende muito menos na areia, e a Gávea ficou sem tríplice coroado, mais uma vez. Ruim para seu proprietário, mas também um mau negócio para o turfe, que perdeu a chance de ganhar um possível ídolo, que divulgasse o esporte para o grande público. Quem sabe em 2009...
A Gávea, nos últimos anos, tem sido a terra da “bruxaria”. Diversidades de performance - para quem não sabe, termo utilizado quando um cavalo alterna inexplicavelmente ótimas e péssimas atuações em páreos semelhantes – casos de doping, julgamentos incoerentes da comissão de corridas, tudo isto tem sido comum por lá. Sem falar no famoso Stud, o maior da Gávea em número de animais, que corre três ou quatro cavalos em páreo de seis competidores, já que utiliza um Stud “laranja” – e os cavalos mudam do Stud A para o B a cada semana, não precisa dizer que cada dia ganha um diferente...
A segunda prova da Tríplice Coroa, versão machos e fêmeas – respectivamente GP Francisco Eduardo de Paula Machado e GP Diana – acabou sendo a “cereja do bolo”, ou as cerejas, já que proporcionou dois momentos inesquecíveis, no pior sentido possível. No páreo das fêmeas (a foto é da chegada, com Right Idea vencendo), a favorita, invicta na grama e recordista dos 1.400 metros, Rubia Del Rio, ao iniciar a sua atropelada em busca de mais uma vitória, sofreu grave fratura no curvilhão direito, dando infeliz razão aos que reclamam do péssimo estado da pista de grama carioca. Não tenho a mesma certeza de muitos, que Rubia Del Rio (a número 1 da foto) tinha ação de ganhadora, mas isto é que menos importa. O fato é que a craque está inutilizada para as corridas, e a decisão de não mais fechar a pista de grama duas vezes por ano (acontecia durante os quinze dias anteriores ao GP Brasil, e por 45 dias no início do verão) para reformas vai tornando os acidentes cada vez mais comuns – um dos melhores potros da mesma geração, Do Canadá, também já havia encerrado campanha depois de “mancar” em outubro passado.
No páreo dos machos, a Comissão de Corridas mais imprevisível do Brasil tomou uma decisão inédita na Gávea: transferir uma prova de Grupo 1, que poderia encaminhar a tríplice coroa de Joe Bravo, para a pista de areia, em função das chuvas. Cabe, é claro, o parêntesis que isto ocorre em muitos hipódromos do mundo. Em Cidade Jardim, várias provas de Grupo 1 mudaram de pista, mas sempre dentro de um padrão pré-estabelecido. Na história do hipódromo carioca, não existe registro de tal transferência. A Comissão, ao constatar a medida do penetrômetro (aparelho que mede a quantidade de água na pista) em 120, decidiu pela transferência. Em novembro passado, com a mesma medição, decidiu manter duas provas de Grupo 2 na grama – vai entender...
O fato é que Joe Bravo acabou sendo retirado, já que rende muito menos na areia, e a Gávea ficou sem tríplice coroado, mais uma vez. Ruim para seu proprietário, mas também um mau negócio para o turfe, que perdeu a chance de ganhar um possível ídolo, que divulgasse o esporte para o grande público. Quem sabe em 2009...
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