quinta-feira, 1 de abril de 2010

Campeão


Estou escrevendo este post atrasado, pois estou de férias no Estados Unidos, e o tempo tem sido curto.
O turfe brasileiro está em festa com a sua maior conquista em todos os tempos: Glória de Campeão levou a Dubai World Cup de forma sensacional, brigando com a polícia e resistindo até o disco para ganhar por toque de focinho o maior prêmio já obtido por um cavalo brasileiro (a vantagem fica clara na imagem do espelho, na parte de cima da foto ao lado). Foi uma vitória da ousadia somada ao bom planejamento. Sonhar grande é fundamental e dá o mesmo trabalho que sonhar pequeno, mas o que diferencia os realizadores dos meros sonhadores é a capacidade de planejar passo a passo como chegar lá, executando o planejamento com disciplina e tendo autocrítica para corrigir rumos quando necessário.
O fato curioso da World Cup ficou por conta da comemoração do jóquei de Lizard's Desire, segundo colocado, focalizado pela tv durante quase dois minutos, até que o fotochart revelasse a pequena vantagem do cavalo brasileiro. Correram pouco o americano Gio Ponti e o francês Vision D'Etat.
Não consegui assisitir a maioria dos páreos, e consegui escapar do prejuízo graças ao horário de abertura do Turf. Como a agência ainda estava fechada, não joguei nos dois cavalos que achava as indicações mais firmes do festival. California Flag perdeu a Al Quoz Sprint no final, depois de pontear com folga. Desert Party fracassou inapelavelmente na Godolphin Mile, pagando o preço da fórmula longa inatividade + reaparecimento em páreo fraco + inscrição logo em seguida em páreo mais forte e distância maior.
A partir daí, o Turf abriu e consegui assistir dois páreos antes de tomar o rumo de outros compromissos. Coincidentemente, foram os únicos dois páreos que acertei no festival. No UAE Derby, deu a dobradinha de Mike De Kock, com a vitória do favorito Musir, secundado pela sua companheira Raihana. Na Golden Shaheen, venceu o americano Kinsale King, com Rocket Man em segundo. Achei muito ruim a condução dada ao representante de Singapura, que pulou bem, mas foi recolhido na metade da curva, ficando no bloco intermediário. Quando tentou buscar a vitória, encontrou tráfego e só conseguiu deslanchar nos últimos 100 metros, perdendo por meio corpo. O favorito Gayego mostrou mais uma vez que "não gosta de dinheiro", pois sempre decepciona nas grandes ocasiões.
Não assisti a Duty Free, vencida por Al Shemali, e só vi a Sheema Classic em replay. Na primeira, se confirmou a minha previsão de indicar cinco cavalos e não colocar nenhum no placê. Na segunda, venceu Dar Re Mi, mas também acho que houve uma má condução decisiva, a da japonesa Red Desire, segunda colocada. Com melhor percurso, teria vencido.
A festa se encerrou, então, com a comemoração brasileira. Parabéns a Stephan Friborg, proprietário corajoso, e a Tiago Josué Pereira, jóquei iniciado no Cristal, e que muitas vitórias já teve pela minha blusa.
Quando retornar ao Brasil, tento incluir o vídeo do páreo.

Nenhum comentário: