
Ontem, mais uma decisão de Mundial Interclubes, a 29ª promovida no Japão. Assisti 17 destas, e as do século XXI têm sido duelos Davi x Golias, ao contrário do equilíbrio que houve em boa parte dos confrontos dos anos 80 e 90. Esta talvez tenha sido a que começou com maior favoritismo para os europeus em toda a história - o site Sportingbet c0tava o Manchester United a 1,30, o que quase me levou a jogar uns trocados na LDU (rateio de 10 por 1).
Em campo, dois tempos bem distintos. No primeiro, uma LDU encolhida e sem conseguir ficar com a bola no pé foi bombardeada pelos ingleses. O Manchester alternava as tabelas do trio Cristiano Ronaldo - Tevez - Rooney com lançamentos longos dos volantes Anderson e Carrick e chegava com facilidade ao gol equatoriano. Contei dez oportunidades de gol, quatro delas claríssimas, mas a bola não entrou, e o primeiro tempo terminou mesmo 0x0. Os equatorianos perderam uma chance incrível logo a 3 minutos, com Campos na linha da pequena área desviando um cruzamento para fora. O momento "videocassetadas" foi a entrada de quatro japinhas com a maca para tentar retirar o goleiro Cevallos, machucado.
No segundo tempo, tudo mudou. O zagueiro Vidic deu uma cotovelada num equatoriano logo aos 3 minutos e foi expulso, desarrumando o time inglês e animando a LDU, que já parecia ter voltado do intervalo mais tranquila. Com dez homens, o técnico Alex Ferguson optou por tirar Tevez e recompor a zaga com Evans, perdendo força ofensiva. Dos 15 aos 25 minutos, os equatorianos tiveram o seu momento na partida. O argentino Manso quase acertou de longe aos 17, e teve a bola do jogo nos pés ao puxar um contrataque aos 26, muito parecido com o gol do Inter em 2006. Ao contrário do Iarley contra o Barcelona, Manso não "pifou" Bieler na cara do gol quando teve a chance, preferindo carregar mais um pouco, armar o chute, hesitar e demorar a definir, sendo desarmado por Anderson. O castigo veio logo em seguida, aos 28, quando Cristiano Ronaldo rolou para Rooney bater de chapa no canto, definindo o mundial.
Ganhou o elenco milionário, de maior qualidade. Para os sul-americanos, sempre haverá possibilidade de surpreender, desde que joguem fechados e aproveitem as poucas chances que irão aparecer.
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